PCA concorda com reivindicações dos pilotos mas diz que precisa avaliar condições de implementação

O presidente do conselho de administração dos Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV) afirmou hoje que a empresa não é contra as reivindicações dos pilotos, mas que precisa ver se há condições ou não de as implementar.

“Temos que escolher as instâncias que avaliam a legalidade para saber se podemos implementar [as reivindicações] ou não”, disse Pedro Barros à Inforpress, numa reacção à greve de cinco dias dos pilotos da TACV que se iniciou hoje.

Conforme Pedro Barros todas as reivindicações apresentadas foram discutidas durante “muito tempo”, com a mediação da Direcção-Geral do Trabalho (DGT), afirmando que foi acordada uma forma de as tratar “dentro daquilo que é razoável” em termos de prazo.

No entanto, destacou que para as reivindicações serem atendidas terão que levar em conta “se são legais, exequíveis e suportáveis financeiramente”, não obstante, segundo o PCA, serem “legítimas por princípio”.

Pedro Barros concordou, de igual modo, que são reivindicações que têm de ser discutidas “com alguma serenidade e na paz social” para se ter bons resultados.

Admitiu que uma eventual discordância com o sindicato está “apenas nos prazos e na forma de implementação” das reivindicações, descartando qualquer outra divergência de fundo.

Quanto aos passageiros afectados pela paralisação, garantiu que a TACV vai fazer “todos os possíveis” para que não sejam prejudicados.

Os pilotos dos TACV iniciaram nas primeiras horas desta quinta-feira uma greve de cinco dias, tendo no centro das reivindicações a melhoria das condições de trabalho.

Entre as exigências da classe estão questões ligadas à carreira, programa de segurança, protecção da saúde e de higiene no trabalho, cancelamento das consultas médicas e redução do prémio de seguro, redução dos subsídios, deficiência nos procedimentos de segurança e redução do serviço de restauração prestado aos tripulantes.

O presidente do Sindicato Nacional dos Pilotos da Aviação Civil (SNPAC), Edmilson Aguiar, afirmou hoje que a classe vai partir para uma greve indeterminada com início no mês de Junho, caso as reivindicações não sejam atendidas. 

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