Paulo Flores: “A música de Cabo Verde faz parte do que sou como criador e como ser humano”

“A música de Cabo Verde faz parte do que sou como criador e como ser humano”, afirmou o músico angolano Paulo Flores aos jornalistas no âmbito da apresentação do seu concerto na cidade da Praia, este sábado, dia 31.

“É um enorme prazer estarmos aqui nesta celebração destes últimos 50 anos“, afirmou o artista e acrescentou que destes 50 anos, há 37 anos que canta e tenta explicar de alguma forma esta relação de Angola e Cabo Verde.

“É importante estarmos aqui a celebrar essa nossa ligação, que para mim começa no bairro dos Coqueiros, em Luanda, com 7, 8 anos. O meu pai, que era DJ como chamam hoje, recebia todos os músicos de fora, desde do Brasil, Martinho da Vila, Alcione, mas principalmente os amigos dele de Cabo Verde, que era a voz de Cabo Verde, o Luís de Morais, o Paulinho Vieira, os Tubarões, que inclusive apadrinharam o meu primeiro show ao vivo em 1988, eu só tinha lançado ainda um disco, e lembro-me que o meu primeiro show foi feito com o Paulinho Vieira, depois eu entrei, e depois os Tubarões fecharam”, recordou.

Por isso, o artista angolano não poderia deixar de convidar a mítica banda para marcar presença no seu show em Cabo Verde este sábado. “Eles estão na origem da minha musicalidade e a música de Cabo Verde faz parte do que sou como criador e como ser humano”, afirmou o artista que lembrou que também ele é um filho da diáspora.

O concerto acontece este sábado, dia 31, no Auditório Nacional Jorge Barbosa, às 21h00. Conforme explica o artista, “procuramos até ter uma sala maior, mas dentro das disponibilidades foi o que conseguimos, mas acredito que da próxima vez possa acontecer com outra dimensão para mais pessoas”.

O concerto enquadra-se no âmbito da iniciativa Unitel Tmais Live Concert e Paulo Flores agradeceu o convite da promotora do evento, a empresa de telecomunicações Unitel T+, uma parceira de longo dos anos, em momentos importantes.

Já Manecas Costa agradeceu pela oportunidade de poder estar a representar as suas africanidades e falar dos 50 anos da Independência, da história, da arte, da vida, algo que pretendem transmitir isso no palco.

“Será sempre uma honra cada vez mais defender mais a nossa música, e proteger e influenciar os mais novos também, e queremos fazer sempre o melhor, e estando aqui em Cabo Verde, agradecer a Deus, será sempre uma bênção“, afirmou o músico guineense.

A diretora de Marketing da Unitel T+, Ércia Paim, aproveitou o momento para realçar que os 50 anos de independência “trazem uma junção do que foi a nossa luta pela liberdade, mas também a união das nossas culturas, das nossas vivências e dos nossos saberes”.

“(…) acreditamos que o Paulo Flores é esta figura, que “junta o funge e a cachupa” e é uma junção grande de Angola e de Cabo Verde, e o Manecas Costa, que é “o caldo de mancarra” traz também a junção da Guiné-Bissau”, enalteceu a responsável.

Segundo gestor de gabinete de Comunicação da empresa de telecomunicações, Edmilson Furtado, este é um esforço da empresa em promover a diversidade, a cultura, a ligação entre os povos, principalmente entre os PALOP, com o propósito de cada vez mais ter este tipo de momento e de partilha, através de parcerias.

“Para nós, a cultura é um pilar fundamental para Cabo Verde, e queremos estar sempre próximos de tudo aquilo que é benéfico a nível da autoestima do povo, da autoestima da cidade, do país, e dos cabo-verdianos, tanto aqui dentro como lá fora“.

Daimara Furtado/ Estagiária

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