Paraguai sediará reunião do BID em 2026 e aproveitará oportunidade para mostrar seu “potencial”

A realização em Assunção da próxima reunião anual da Assembleia de Governadores do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em março de 2026, representa uma “oportunidade” para mostrar o potencial do Paraguai e demonstrar que “é muito melhor do que os números indicam”, afirmou neste domingo à EFE o ministro da Economia e Finanças do país, Carlos Fernández Valdovinos.

“Para nós, será uma grande oportunidade ter representantes de mais de 48 países, cerca de 3.000 pessoas, e mostrar o que é o Paraguai atualmente e todo o potencial que ele tem”, disse o economista.

Fernández Valdovinos destacou que “o Paraguai é a economia que apresenta os melhores números macroeconômicos” da América do Sul, em termos de crescimento e inclusão social, e que o país “está em posição de demonstrar qual deve ser o caminho para um maior desenvolvimento econômico e social”.

A economia nacional cresceu 4,2% em 2024, acima dos 4% estimados pelo Banco Central do Paraguai, que prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) avance 3,8% em 2025.

A inflação, por sua vez, está controlada e fechou o ano passado em 3,8%.

Quanto à pobreza monetária, o país registrou uma taxa de 20,1% em 2024, o nível mais baixo desde a implementação do atual método de medição, conforme informou esta semana o Instituto Nacional de Estatística (INE).

“Queremos que todos os participantes da Assembleia vejam o estilo de vida do Paraguai”, acrescentou em Santiago do Chile, onde ocorreu o encontro do BID deste ano, que começou na quarta-feira e termina neste domingo.

Será a terceira vez na história que o Paraguai sediará uma reunião anual da Assembleia de Governadores do BID, composta por ministros de Finanças e Economia e outros altos funcionários dos 48 países membros.

Paralelamente, também será realizada a reunião anual da Assembleia de Governadores do BID Invest, o braço do BID que trabalha com o setor privado, responsável por 44% das operações do banco multilateral na região.

“O Paraguai tem uma economia aberta, é aperturista e integracionista por sua própria natureza, e vamos continuar nos esforçando para nos integrar mais ao mundo, especialmente nestes tempos de turbulência”, acrescentou Fernández Valdovinos, que foi presidente do Banco Central do Paraguai no período de 2013 a 2018.

Fundado em 1959, o BID é uma das principais fontes de financiamento de longo prazo para o desenvolvimento econômico, social e institucional da América Latina e do Caribe.

O banco, cujos três principais acionistas são os Estados Unidos, Argentina e Brasil, oferece anualmente 25 bilhões de dólares em financiamento e mobilização de recursos na região e tem como meta superar os 38 bilhões de dólares por ano até 2030. EFE

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