Panu di Pinti, a riqueza artesanal e cultural da Guiné-Bissau

O Pano de Pente, conhecido localmente como Panu di Pinti, é uma herança têxtil da Guiné-Bissau, produzido de forma artesanal em tear. Com um valor cultural significativo, este tecido continua a ser um símbolo identitário e tradicional da comunidade guineense.

A tradição do panu di pinti mantém-se viva, passando de geração em geração. No entanto, os tecelões enfrentam desafios diários para preservar esta arte. O artesão Augustinho Té, em declarações à BANTUMEN, destacou algumas dessas dificuldades. “A dificuldade é imensa. Não temos um espaço adequado para trabalhar. Durante a época das chuvas, torna-se ainda mais complicado. Precisamos de um local apropriado, mas os agentes da Câmara Municipal de Bissau dizem que o passeio não é lugar para praticarmos a nossa atividade e não temos alternativa”, explica.

Traje em panu di penti, com design da estilista Queen Titine | DR

Mulheres da etnia manjaca vestidas com roupas feitas com panu di penti (1892) | CC

Embora a origem do Panu di Pinti esteja associada à etnia mandjaca, a sua produção e utilização alargaram-se a outras comunidades da Guiné-Bissau. O tecido, que é utilizado em diversas cerimónias tradicionais, como casamentos, rituais de iniciação e funerais, também é procurado por turistas que visitam o país. Nos mercados locais, os preços variam entre 3.000 e mais de 50.000 francos CFA, dependendo da qualidade e do tamanho da peça.

Além da sua relevância estética, o Panu di Pinti tem um valor simbólico. “É um símbolo de estatuto social e, por isso, oferecer um pano de pente é considerado uma honra”, explicou Augustinho Té. Em algumas etnias, é oferecido em casamentos como representação de prosperidade e proteção, e nos funerais, é colocado junto ao corpo do falecido antes do enterro.

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