Primeira e única vitória do Brasil no Festival de Cannes — até o momento —, “O Pagador de Promessas” foi um marco para o cinema nacional. Mas o que pouca gente sabe é que o prêmio permaneceu “escondido” do público durante anos, e tudo por causa de uma senha esquecida.
A honraria foi conquistada em 1962, quando o diretor Anselmo Duarte exibiu o clássico do cinema para um público que misturava espectadores e críticos de cinema — entre eles, o diretor francês François Truffaut (“Os Incompreendidos”). Nesse ano, o filme concorreu com obras como “O Anjo Exterminador”, de Luis Buñuel; “O Eclipse”, de Michelangelo Antonioni; e “Longa Jornada Noite Adentro”, de Sidney Lumet.
Ao chegar ao Brasil, o prêmio permaneceu ao lado do diretor até a sua morte, em novembro de 2009. Porém, em 2022, o secretário da Cultura de Salto (SP), Oséas Singh Jr, revelou que a Palma de Ouro ficou trancada por quase dez anos em um cofre na cidade.
Como ninguém sabia a senha, foi preciso arrombar o cofre para que fosse possível encontrar a honraria pertencente ao filme de 1962. Na época, em entrevista à TV TEM, Oséas afirmou que o processo de abertura do local demorou quase uma hora e meia, e foi acompanhado por Anselmo Duarte Júnior, um dos quatro filhos do artista.
Apesar de tudo, o cofre enfim foi aberto e o prêmio máximo do Festival de Cannes foi encontrado, ao lado de cheques da época, documentos e outras itens desconhecidos.
Saiba quais filmes brasileiros foram selecionados para Cannes
Crédito: Link de origem