Quando se trata de um símbolo nacional, é difícil fazer os países concordarem
24 abr
2025
– 08h05
(atualizado às 10h01)
Há poucas coisas mais “identitárias” para uma nação do que sua gastronomia. Pelo mesmo motivo, é preciso muito pouco para que alguém entre em conflito se for uma questão de decidir quem é o “dono” de uma receita. Surge então o fundamentalismo culinário. Atualmente, a mesma coisa está acontecendo entre a Alemanha e a Turquia. Em jogo: a denominação de origem do döner kebab. Venezuela e Colômbia estão na mesma situação. A culpa é da arepa.
Rivalidade eterna
A arepa, um pão de milho arredondado e versátil, é o centro de uma disputa cultural entre Colômbia e Venezuela que transcende fronteiras e gerações. Os dois países a consideram símbolo nacional, profundamente enraizado em sua gastronomia e cultura popular. No entanto, o debate sobre sua origem e supremacia gerou uma luta tão apaixonada quanto qualquer disputa política ou esportiva. Quem está certo?
Aceitamos dividir
Até onde se sabe, e não descartamos que alguma descoberta histórica mude isso, a origem da arepa remonta às culturas indígenas do norte da América do Sul, onde os conquistadores espanhois documentaram seu consumo no século XV. O próprio termo “arepa” vem da palavra “erepa” da língua cumanagoto, ou seja, do que hoje é a Venezuela, embora se acredite que versões semelhantes fossem consumidas em toda a região sem as atuais divisões de fronteira.
Com o tempo, a arepa evoluiu de maneiras diferentes em ambos os países. Na Colômbia, por exemplo, elas costumam sem um acompanhamento crocante para outros pratos e …
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