ONU alerta para número recorde de deslocados internos no Haiti


Segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM), agência da ONU com sede em Genebra, registou-se um aumento de 24% desde dezembro de 2024, no que diz respeito a deslocados internos.  


A OIM alertou que se trata do número mais elevado de deslocados internos alguma vez registado no Haiti. 


A Agência das Nações Unidas disse ainda que a cidade de Port-au-Prince continua a ser o ponto central da crise, mas acrescentou que a violência dos grupos de crime organizado está a alastrar-se para além da capital.


Os recentes ataques registados em bairros do centro de Port-au-Prince obrigaram dezenas de milhares de residentes a fugir da cidade, sendo que muitos outros estão a viver em condições precárias.


O Haiti é afetado pela violência de grupos criminosos, acusados de assassínio, violação, pilhagem e rapto, num contexto de instabilidade política.


Cerca de um quarto de todas as pessoas deslocadas internamente ainda vivam na capital, mas um número crescente está a deslocar-se para outras partes do país em busca de segurança.


No norte do Haiti, o número de pessoas forçadas a abandonar os locais de residência aumentou quase 80%, afirmou a OIM.


No início do mês, em virtude do início da época de furacões, o Programa Alimentar Mundial (PAM) das Nações Unidas alertou sobre a impossibilidade de fazer face a eventuais catástrofes naturais no país.


Mais de 5,7 milhões de pessoas enfrentam uma situação de insegurança alimentar aguda, de acordo com o último relatório.


O plano de ajuda humanitária para 2025, estimado em mais de 900 milhões de dólares, só dispõe de 8% do financiamento, lamentou a diretora regional do PAM, Lola Castro, no dia 03 de junho, após uma visita ao Haiti.


Entretanto, na terça-feira, o Governo haitiano anunciou o congelamento das contas bancárias dos chefes de grupos de crime organizado, incluindo Jimmy Cherisier, conhecido por “Barbecue”, e do antigo deputado Prophane Victor, sancionados pelas Nações Unidas pelas ligações ao branqueamento de capitais, financiamento do terrorismo e à venda de armas.


O Procurador do Haiti, Frantz Monclair, em conferência de imprensa, afirmou que o ministro da Justiça, procedeu ao congelamento das contas bancárias das pessoas sancionadas ao abrigo de uma resolução das Nações Unidas.


 


 


 


 


 


 

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