Obra do Corredor Bioceânico, para integração geopolítica de países do Mercosul, está 52% pronta

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A Rota Bioceânica, projeto de infraestrutura que vai ligar Porto Murtinho, município do Mato Grosso do Sul, a Carmelo Peralta, no Paraguai, já está 52% finalizada, informou a Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) na última segunda-feira (3). 

O projeto é parte da rota de integração entre Brasil e Paraguai através do Corredor Bioceânico Viário (CBV), uma rodovia que interliga o Atlântico e o Pacífico na América do Sul e é parte maior da Infraestrutura Regional Sul-Americana (IIRSA). 

A IIRSA deve promover a integração geopolítica e comercial entre diferentes regiões e províncias ao longo de países da América do Sul — entre eles, Argentina, Bolívia, Paraguai, Chile, Peru, Uruguai e Brasil —, e o Corredor Bioceânico passa a ser uma das principais portas de trânsito do Mercosul. 

Rotas do Corredor Bioceânico Viário (CBV). Créditos: CNPL

As obras têm sido impulsionadas, do lado brasileiro, pelo Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), de que já recebeu aporte de até R$ 472 milhões desde 2023, e pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento).

A ponte Carmelo Peralta, a ligar O Mato Grosso do Sul ao Paraguai, está prevista para ser finalizada em novembro de 2025, de acordo com a Semadesc.

A extensão total da Rota é de 3.400 km, com cerca de 20% (600 km) do total localizados no Paraguai. 

No trajeto que vai de Porto Murtinho (MS) a Carmelo Peralta, são 1.294 metros totais, com a construção de três trechos e seus viadutos de acesso nas duas margens do rio, além de uma parte estaiada de 632 metros. 

As obras da Rota Bioceânica incluem, ainda, uma ponte sobre o rio Pilcomayo, que liga Pozo Hondo, no Paraguai, a Misión La Paz, na Argentina; e uma rodovia que cruza Missión La Paz em direção a Tartagal, em Salta (também na Argentina).

Ao todo, o Corredor Bioceânico deve representar uma redução de até 17 dias no transporte de cargas a partir da América do Sul para a Ásia e a Oceania, e integrar ao menos quatro países sul-americanos em um hub logístico que facilitará as trocas comerciais no Mercosul.

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