“O Sal já é um destino de excelência”

Cabo Verde recebeu em 2024 uma fasquia histórica de turistas, 1,2 milhões, cerca de metade dos quais no Sal. Com o número em tendência crescente e a diversificação a ganhar força, este é um momento de muitas oportunidades, mas também vários desafios para a ilha mais turística do arquipélago, que é já um destino conhecido “a nível mundial”. Em entrevista ao Expresso das Ilhas, o presidente da Câmara Municipal do Sal fala dos investimentos em curso, dos novos hotéis e novos tipos de turismo. Fala ainda desafios habitacionais existentes, que tendem a agravar-se, e a que se junta o “novo” fenómeno do alojamento local, bem como da carência de mão-de-obra, que poderá modificar as tabelas salariais. Júlio Lopes sublinha ainda o desafio do desenvolvimento sustentável nas suas três vertentes (ambiental, social e económica) e, optimista quanto ao futuro, deixa, no entanto, um aviso: “É preciso cuidar do Sal, porque, se não, poderá haver impactos negativos para todo o país no futuro.”

Em 2024, Cabo Verde atingiu um recorde de turistas, com metade desse fluxo concentrado no Sal. Que impactos esta demanda tem na ilha?

É com muita satisfação que, enquanto cidadão cabo-verdiano e Presidente da Câmara Municipal do Sal, testemunho este incremento significativo do turismo. O turismo em Cabo Verde tem vindo sempre a crescer a taxas superiores à média mundial, que ronda os 5%, mas não era expectável que, após a pandemia, pudéssemos ter taxas ainda mais elevadas. Significa que o governo e as entidades responsáveis pelo turismo fizeram um grande trabalho para aguentar a pandemia e, logo depois, criar as condições para a retoma. Esse processo foi muito bem conduzido e como resultado tivemos este boom do turismo, que já ultrapassou de longe, e vai ultrapassar ainda mais, os níveis pré-pandemia. Não vale a pena referir aqui as medidas tomadas pelo Governo, mas é de destacar algo muito positivo: deu confiança aos investidores, aos operadores e também aos visitantes. Nós temos atractivos naturais, como o nosso sol permanente e outros, mas há um outro elemento igualmente muito importante que é a gestão do turismo. E, há que dizê-lo, na gestão do turismo, o [anterior] ministro, Carlos Santos, que é um homem do sector, fez um grande trabalho em Cabo Verde inteiro. O Sal está a beneficiar do seu trabalho, assim como todo Cabo Verde. Não é apenas o Sal que tem mais turistas. Veja-se o número de turistas que circulam no interior de Santiago, no Fogo, Santo Antão, São Vicente ou São Nicolau. Para lá da promoção e da gestão, também passámos por um período em que houve problemas no transporte. Com a Binter, que fez um bom trabalho, os transportes estiveram estáveis durante muito tempo. Estávamos bem. Depois, houve um interregno com a saída do Bestfly, e tivemos quase um ano com dificuldades, mas já voltamos à normalidade.

Mas não é uma “normalidade” de emergência, com a TACV a colmatar o abandono dos inter-ilhas? A nova companhia aérea para voos domésticos [Linhas Aéreas de Cabo Verde] ainda está a dar os primeiros passos…

O importante é que, neste momento, temos voos em número suficiente. Por exemplo, temos agora dois voos diários do Sal para as ilhas de Santiago e São Vicente. Há também um aumento significativo no número de voos para outras ilhas e com taxas de ocupação elevadíssimas. Isso significa que já estabilizamos a questão dos transportes aéreos e, daqui para a frente, a tendência é de melhoria contínua. Estes elementos do ecossistema levam-nos a esse incremento do turismo para o Sal, que recebe mais de metade dos turistas que visitam Cabo Verde, e para as outras ilhas. Todo Cabo Verde está a beneficiar do turismo.

Quer-se que Cabo Verde seja mais do que uma moda e tenha turismo de qualidade. Como é que o Sal está a trabalhar para se tornar um destino turístico de excelência, onde os visitantes venham e voltem?

O Sal já é um destino de excelência. É uma ilha conhecida a nível mundial e um dos destinos preferidos de vários países europeus. Os portugueses, por exemplo, têm o Sal como preferência, assim como os ingleses, que representam 30% dos turistas que visitam Cabo Verde. Temos também os alemães e os franceses, que somam 12% do total de turistas, e têm uma particularidade: tanto gostam de sol e praia, como das montanhas de Santo Antão, Santiago, Fogo ou São Nicolau – as ilhas montanhosas. Há alguns anos, era raro ver turistas no interior de Santiago ou em São Nicolau, mas hoje a realidade é bem diferente. Os dados e a experiência confirmam que todas as ilhas estão a beneficiar desse crescimento. Ou seja, o turismo em Cabo Verde está a diversificar-se, e a tendência é para que essa diversificação se intensifique. Os próximos anos vão ser muito bons para o turismo.

Olhando o Sal em específico, que prioridades para melhorar este destino?

Há duas componentes importantes: a parte pública e a parte privada. Do ponto de vista privado, está a haver um investimento significativo em hotéis de alta qualidade e conforto. Recentemente, foi inaugurado o hotel Riu Palace, que é um dos melhores hotéis da cadeia Riu; um hotel New Horizon está já pronto e prestes a ser inaugurado nos próximos meses e a Barceló, uma marca respeitável, vai iniciar a construção do seu hotel em breve. Além disso, temos hotéis que vão retomar obras. Ou seja, os privados estão a construir em quantidade e em qualidade e os novos hotéis são de padrão superior aos anteriores, o que é um avanço significativo para o destino.

Mas há problemas que colocam em causa a qualidade do destino. Ainda recentemente houve falta de água o que levou inclusive ao cancelamento de reservas.

Houve, de facto, um período de cerca de uma semana a dez dias em que houve problemas de água. As falhas às vezes acontecem. Nunca tinha acontecido, aconteceu, mas já foi resolvido. O Estado está a investir muito para garantir que essas situações não se repitam.

E que outros investimentos destacaria?

Nas infra-estruturas, já começaram as obras da terceira fase do Porto da Palmeira, que é uma obra de grande relevância. Estão também a decorrer as obras na estrada Santa Maria-Espargos que, depois, será prolongada até Palmeira.É uma estrada da terceira geração, que será a melhor estrada de Cabo Verde. O projecto inclui, além das duas vias normais, o aumento da extensão das faixas de rodagem, iluminação e também uma ciclovia para bicicletas. Dentro de pouco tempo, o asfalto será colocado na primeira faixa. Esta é, de facto, uma estrada muito importante para o Sal. Embora o período de construção esteja a causar alguns constrangimentos, como acontece com todas as grandes obras, o essencial é que, quando estiver concluída, será uma infra-estrutura de grande relevância para a ilha. A estrada estava má, cheia de buracos, mas a obra, com mais ou menos atrasos, está em curso.

E o Pontão de Santa Maria?

Parte do Pontão foi destruído parcialmente pela tempestade [em Outubro de 2024] , e agora, no mês de Abril, vão começar as obras para o novo pontão, que se prolonga mais mar adentro. Um pontão muito melhor. Claro que, durante a construção, haverá constrangimentos, especialmente para os pescadores e operadores turísticos ligados ao mar. Estão a ser criadas condições provisórias para que possam operar em outros espaços, mas é inevitável que surjam críticas devido às dificuldades temporárias. Porém, com o novo pontão, aquela zona de Santa Maria vai ganhar uma nova face, o que será muito positivo. Entretanto, da parte da Câmara Municipal estamos a investir muito na requalificação urbana em toda a ilha. Santa Maria é onde ficam os hotéis, mas o turista passeia por toda a ilha. Na Palmeira, por exemplo, está a decorrer uma obra muito importante, que é a requalificação da orla marítima. Dentro de alguns meses, a orla estará toda iluminada, vai haver um calçadão e estamos a projectar uma avenida marginal que vai da Palmeira até Fontona. Além disso, com a marina que vai ser construída, a zona da Palmeira vai ter uma outra dimensão.

Isso também pretende responder à crítica que se faz ao turismo em Cabo Verde, de que muitos turistas saem pouco dos resorts, porque fora há pouco para ver?

Os dados indicam que o turismo que temos, seja all inclusive ou não, está a dar um contributo enorme para a economia de Cabo Verde, com efeito directo de 25% (do PIB). E isso é só o impacto directo. Quando incluímos os impactos indirectos e os impactos induzidos, a contribuição do turismo para Cabo Verde ultrapassa até os 40%. Claro que é sempre desejável que o turista saia mais. O que aconteceu com a construção da Pedonal de Santa Maria, com a requalificação de Santa Maria, a iluminação, a videovigilância e melhoria da segurança? Houve um aumento de turistas que saem dos resorts. E os turistas almoçam em todos os restaurantes aqui do Sal. Os restaurantes da Palmeira estão sempre cheios. Em Espargos ou em Pedra de Lume, também. Ou seja, esses turistas estão a sair dos resorts e estão a dar um contributo para a economia local. Agora, com os voos low cost da Easy Jet está também a haver um aumento incrível de turistas para apartamentos, para alojamento local. E, claro, os turistas que ficam em apartamentos tendem a gastar mais, pois precisam de comer fora.

Já se sentem os impactos dos low cost?

Só de Portugal, já estamos com mais seis voos. Esses voos têm um efeito muito importante porque não são apenas voos de portugueses. Muitos turistas europeus passam por Lisboa ou Porto em trânsito para o Sal. Temos voos de Londres também. Essa dinâmica crescente trará desafios enormes para a ilha, pois estamos apenas no início desse processo.

E quais acha que são esses desafios acrescidos?

Uma coisa é o turista estar num hotel, de onde sai para visitar localidades, onde pode almoçar e comprar alguma coisa. No hotel ele tem toda a segurança, está bem enquadrado. Outra coisa é quando o turista vai para um apartamento, como agora está a acontecer, e vai aumentar. É necessário mais segurança, mais restaurantes, mais serviços, incluindo serviços médicos.

E como está a ilha em termos de serviços médicos? Há a queixa recorrente da falta de especialistas.

Em termos de serviços médicos, dentro de pouco tempo será inaugurado o Centro de Saúde da Palmeira. O Centro de Saúde de Santa Maria, como já disse o Ministro da tutela, vai passar a funcionar 24 horas por dia e há obras de melhorias em curso no Hospital Regional. Além disso, os privados estão a investir, já temos clínicas e centros de grande qualidade. Dentro de pouco tempo vai ser inaugurada mais uma grande clínica, ou seja, a saúde também está a acompanhar essas evoluções.

Quando se fala em alojamento local, não podemos deixar de considerar o impacto do turismo na habitação, como tem acontecido nas cidades europeias, onde os cidadãos comuns enfrentam dificuldades com os preços inflacionados das rendas.Como é que o Sal, que já sofre pressão habitacional devido às migrações laborais, se está a precaver contra esse fenómeno espectável?

Foi feito um estudo que mostrou que havia um deficit habitacional no Sal de 1.600 casas. O governo construiu casas e a Câmara Municipal também tem o seu programa de apoio à autoconstrução. Conseguimos reduzir esse deficit, em parte, mas não se resolve o problema porque continua a vir mais gente de fora. Um exemplo: o hotel New Horizon que vai ser inaugurado precisa de 500 trabalhadores. O Sal não tem 500 trabalhadores, terão de vir das outras ilhas, o que vai gerar mais pressão sobre a habitação. Na questão do alojamento local, apartamentos que eram utilizados para habitação normal, agora o proprietário vai colocá-los em plataformas como o Booking para alojamento local. Isto significa que, nos próximos anos, a pressão sobre habitação no Sal vai aumentar de forma significativa. Então, nós temos de estar preparados para avançar com soluções. A Câmara Municipal está já a criar condições para uma nova centralidade na zona de Alto Fátima, para permitir a construção de mais casas. E o mesmo está a ser feito em outras zonas, onde estão a ser criadas também condições para outras centralidades, algumas em parceira com IFH. Também estamos a vender lotes em algumas localidades, a preços mais baratos e com pagamentos em prestações, além do aforamento. Isto permite disponibilizar terrenos para construção e a Câmara tem essa capacidade. O grande desafio é o investimento necessário para infra-estruturar essas novas áreas, que serão as futuras centralidades da ilha. As previsões do INE apontam para um crescimento populacional que pode levar o Sal a atingir cerca de 50 mil habitantes até 2030, tendência que parece estar a confirmar-se, mesmo tendo-se registado, recentemente, uma quebra devido à emigração de muitos jovens para a Europa…

Essa saída de mão-de-obra, essencialmente provocada pelos baixos salários, não é também um outro desafio? Referiu que o novo hotel vai precisar de 500 trabalhadores.

Essa mão de obra não está no Sal, virá de outras ilhas, tal como tem acontecido. Mas, primeiro: a Constituição da República de Cabo Verde diz que o cabo-verdiano é livre, pode viajar ou não, tem o direito de ir e vir. Quando a isso, nada se pode fazer. O jovem quer viajar para Lisboa, vai para Lisboa. Quer ir para a França, vai para a França. Ele é livre, estamos num país livre. É claro que a emigração vai ter impacto na oferta de mão-de-obra especializada e de qualidade. Mas, qual é a principal lei da economia? É a lei da oferta e procura. Agora, como há menos mão de obra disponível, penso que o preço da mão-de-obra em que no Sal vai aumentar. Ou seja, os hotéis vão ter que pagar mais aos trabalhadores para poder reter os melhores. O trabalhador do Sal vai ter poder negocial. Vai poder, agora, negociar melhores salários com os empregadores, porque ter um grande especialista de mesa ou de restaurante, um técnico com experiência, não é fácil. O jovem que ocupa essa posição vai ter solicitações de outros hotéis, então pedirá ao empregador que lhe aumente o salário. E o hotel, que quer manter uma boa qualidade, tem de manter esta mão-de-obra, por isso, tem que pagar mais. Ou seja, isto pode ser um ponto positivo para melhorar o nível salarial dos rendimentos dos trabalhadores dedicados ao turismo e a outras áreas. Mas problema da mão-de-obra não é exclusivo do Sal. É também de todo o Cabo Verde e em várias áreas.

Os grandes hotéis criam mudanças profundas na dinâmica da própria ilha. A CM tem negociações com eles por exemplo, para estradas ou apoio para a habitação dos trabalhadores?

Não, os hotéis pagam os seus impostos, como qualquer empresa, e compete ao Estado e à Câmara Municipal fazer as infraestruturas. Nós temos os fundos – Fundos do Turismo, Fundo do Ambiente –, temos receitas de IVA e outros impostos. Todas as receitas fiscais vão para o Estado, o Estado aplica e é desejável que parte do dinheiro seja aplicado onde o dinheiro é produzido. No Sal, até agora, está tudo bem. Este governo tem investido na ilha, utilizando também os recursos resultantes dos impostos e das taxas aqui colhidos. No dia em que um outro governo fizer o contrário, não investir no Sal como deve ser, vamos entrar num ciclo de insustentabilidade. Isso significa que podemos pôr em causa o próprio turismo. Como se costuma dizer, se tens uma galinha que põe ovos de ouro, tens de cuidar dessa galinha. O ovo pode é ser distribuído, sim, porque fazemos parte de Cabo Verde e todos os cabo-verdianos, todas as ilhas, todas as regiões devem tirar benefício do turismo e outras actividades. Mas, se não investirmos, podemos correr o risco de, amanhã, não ter esse contributo. É preciso cuidado, porque há muitas dinâmicas em jogo. Não é por acaso que os teóricos criaram o conceito de sustentabilidade ambiental, social, económica. Se o ambiente for degradado, perde-se um recurso essencial. Uma praia de qualidade, por exemplo, pode desaparecer, como já aconteceu noutras ilhas de Cabo Verde, o que representa uma perda significativa, perde-se um recurso. Se não investires no social, vai, por exemplo, aumentar a criminalidade e essa criminalidade vai pôr em causa o turismo. Por isso, é preciso cuidar do Sal e investir no Sal, mas também cuidar de cada ilha de Cabo Verde, cada uma na sua especificidade. Tem que haver equilíbrio, pois qualquer desequilíbrio afecta o país como um todo.

Equilíbrio também no investimento nas ilhas?

Todas as ilhas têm de dar o seu contributo para Cabo Verde, dentro das suas potencialidades. Então, é preciso cuidar de cada ilha, porque se não, essa ilha não vai dar o contributo que deveria dar ao país. Como sou Presidente da Câmara do Sal, eu falo é do Sal. E é preciso cuidar do Sal, porque, se não, poderá haver impactos negativos para todo o país no futuro. O Sal tem uma importância económica evidente. Em termos de divisas, por exemplo. O dinheiro de fora, dinheiro exógeno, é importante na economia, pois quando entra no sistema, tem um efeito multiplicador. O Sal é a principal ilha turística e a principal ilha de aviação. Ora viagens e turismo são o principal sector da economia de Cabo Verde. Não é agricultura, não é indústria.

Mas também não seria necessário alguma aposta, mesmo no Sal, na agricultura e pescas?

O turismo também faz parte da economia azul, porque todo o turismo [no Sal] está ligado ao mar. Também já temos investimentos privados, experiências de criação de animais e de produção de legumes, com quantidade e qualidade. Estamos abertos a diversificar a economia, porque nenhum país pode ficar dependente somente de um sector. É preciso diversificar o sector. O problema do Sal é que não tem água. Havendo água, o Sal seria uma ilha muito importante do ponto de vista agrícola. Mas, como disse, há particulares, projectos privados, que estão a investir e muito bem. A pesca também é importante para a população local e para também o turismo.

Falando da vertente ambiental, fundamental para um turismo de qualidade. Temos padrões europeus de importação para os resorts, mas não para o lixo gerado. O que está a ser feito na gestão do lixo, nomeadamente em termos de co-responsabilização com os operadores?

O Governo está a tomar medidas. A questão ambiental é um vértice do triângulo da sustentabilidade, de que falamos. Temos de cuidar do nosso ambiente e qualquer investimento tem que passar pelos crivos das regras ambientais, do Ministério do Ambiente. Há os estudos de impacto ambiental para podermos preservar o ambiente. Temos essa dimensão, mas temos também a dimensão dos resíduos sólidos, do lixo. Estão previstas medidas para reduzir o plástico, um problema sério e mundial, dado o impacto que a sua acumulação nos oceanos tem na fauna e na flora marinhas. O que o Sal precisa, e já está projectado, é de um sistema de depósito de lixo. Um aterro [sanitário] controlado e também sistemas de tratamento de lixo.

Reciclagem?

Reciclagem é o futuro que vamos ter. Estão a ser trabalhadas hipóteses, há muitos privados que estão a apresentar propostas, porque esse é o caminho que temos de seguir.

Mas os operadores não deviam também ser chamados à responsabilidade?

Não. Os operadores pagam as taxas de lixo, e essas verbas devem ser usadas para investimentos na área. Actualmente, há seis camiões para a recolha de resíduos, e esse problema está resolvido. No entanto, persiste alguma indisciplina, com pessoas a descartarem lixo e entulhos fora dos locais adequados, pelo que é necessário continuar a sensibilização. Mas, a nível da recolha, estamos já bem. O grande desafio agora é o depósito e tratamento dos resíduos: o aterro e a reciclagem. Já estamos em conversações com o Ministério do Ambiente e queremos também, se possível, e como referido, ter parcerias com privados para ter uma solução nesta matéria, no Sal.

Texto originalmente publicado na edição impressa do Expresso das Ilhas nº 1218 de 2 de Abril de 2025.

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