Um estudo publicado no Journal of Affective Disorders revelou que pequenas modificações no estilo de vida podem diminuir significativamente as chances de desenvolver demência. Os pesquisadores apontam que a adoção de hábitos saudáveis pode contrabalançar os impactos negativos de doenças cardiometabólicas (CMD), como infarto, acidente vascular cerebral (AVC) e diabetes, que estão diretamente ligadas ao declínio cognitivo precoce.
O impacto das doenças cardiometabólicas na cognição
As CMD são condições que afetam o coração e os vasos sanguíneos, mas também desempenham um papel crucial na saúde cerebral. Estudos anteriores já demonstraram que essas doenças podem acelerar a perda cognitiva, aumentando o risco de demência. No entanto, os pesquisadores desta nova investigação destacam que a adoção de hábitos saudáveis pode reduzir consideravelmente esse perigo.
Seis hábitos essenciais para proteger o cérebro
Os cientistas identificaram seis comportamentos que, se incorporados à rotina, podem ajudar a preservar a função cognitiva:
- Atividade física regular: Exercícios melhoram a circulação sanguínea no cérebro e reduzem inflamações.
- Interação social frequente: Relacionamentos sólidos ajudam a manter o cérebro ativo e evitam o isolamento, fator de risco para demência.
- Lazer dinâmico: Participar de atividades cognitivamente estimulantes, como jogos, leitura e música, contribui para a saúde mental.
- Evitar álcool: O consumo excessivo de bebidas alcoólicas pode comprometer a função cerebral e acelerar a perda de memória.
- Não fumar: O tabagismo prejudica a oxigenação do cérebro e aumenta o risco de doenças vasculares.
Sono adequado: Dormir bem é essencial para a recuperação cerebral e a consolidação da memória.

Metodologia do estudo
Para chegar a essas conclusões, os pesquisadores acompanharam 2.537 indivíduos com 60 anos ou mais, sem diagnóstico de demência, ao longo de dois anos. Durante esse período, foram coletadas informações sobre peso, altura, pressão arterial, histórico médico e hábitos de vida. Os participantes foram divididos em grupos conforme seu nível de adesão aos hábitos saudáveis. Aqueles que seguiram todas as recomendações apresentaram menor risco de declínio cognitivo.
O que os pesquisadores pensam?
Os principais autores do estudo, Haowei Li, do Centro Nacional de Pesquisa Clínica para Doenças Geriátricas, e Shige Qi, do Centro Chinês para Controle e Prevenção de Doenças, enfatizam a importância da combinação de vários fatores de estilo de vida. Segundo eles, “o efeito protetor mais benéfico é observado quando se agrupam múltiplos hábitos saudáveis, evidenciando como a sinergia entre exercícios, interação social, sono e alimentação adequada fortalece a saúde cerebral”.

A importância de pequenas mudanças para a longevidade
Os resultados desta pesquisa reforçam a necessidade de adotar um estilo de vida equilibrado desde cedo para proteger a função cognitiva a longo prazo. Pequenas mudanças na rotina podem ter um impacto expressivo na prevenção de doenças neurodegenerativas e na melhoria da qualidade de vida na terceira idade. Portanto, investir na saúde hoje pode garantir um envelhecimento mais saudável e ativo no futuro.
Medicamentos e estilo de vida: fatores que influenciam o risco de demência
Além dos hábitos saudáveis que ajudam a reduzir o risco de demência, um estudo citado pela Catraca Livre alerta que três medicamentos comuns podem aumentar essa probabilidade. A pesquisa reforça a importância de equilibrar prevenção e tratamento médico, destacando que pequenas mudanças no dia a dia podem fazer a diferença na saúde cognitiva. Veja mais aqui!
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