O que foi Djitu Tem?  – RDP África

Estudos Prospetivos a longo prazo 

Em 1996 publicou-se um documento denominado Guiné-Bissau 2025- DJITU TEM 

Um estudo prospetivo que visava relançar o país com uma visão clara e estratégica, que vai desde sociedade, economia e cultura. Reunindo um conjunto de técnicos e quadros nacionais e internacionais, exemplo de Paulo Gomes, estudo pretendia ser uma espécie de bussola para o país, a jovem nação, no que toca o desejado sonho e busca pelas promessas da independência nacional. 

Um estudo tinha como horizonte 20250, logo no primeiro capítulo, podia ser sobre As aspirações dos Guineenses, um conjunto de boas vontades, boas vontades estes que condensavam ambições e visões de guineenses de todo o quadrante. Com patrocínio político do Parlamento guineense e apoio financeiro do governo de Hollanda, Djitu Tem pretendia uma visão clara, uma ambição a altura das possibilidades e capacidades reais objetivas do país. 

Ora bem, estávamos em 1996, já em 1998, dois anos depois, o país se encontrava numa guerra civil, uma guerra que acabou por durar 11 meses, quase um ano, acabando assim por deitar a baixo todo o esforço a alguma vontade de pensar e projetar um país como a Guiné-Bissau, um dos mais pobre da sub-região e da África. 

Trouxemos esta reflexão para dizer que, em condições normais, este ano era e seria o ano de se refletir o horizonte temporal do Djitu Tem, ver o que se conseguiu, o que não se conseguiu em termos das promessas, as razões das falhas e estratégias que poderiam ser adotados para os próximos tempos. 

O ano 2025, seria o ano de um novo recomeço para Guiné-Bissau. Mas, não foi assim, foi tudo ao contrário, Guiné-Bissau chegou 2025, está em 2025, com todas as contradições do mundo, com todos os problemas possíveis, sem rumo, sem norte, pedida no seu próprio caminho, não compreendida pelos próprios, com uma sociedade pobre, pobre de saúde, da saúde, da cultura e, mais, a  maior pobreza de que disporá a curto se continuar esta situação de desgovernação e falta de cultura Democrática, será a pobreza duma juventude, que constitui a maior de população, que será uma maioria sem qualidade e talentos, logo, pela história e experiencia, será um ativo para droga, delinquência e prostituição. 

Infelizmente, como disse o professor Carlos Lopes- houve a inversão da marcha. Contudo, digo que ainda vai a tempo… 

 

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