O “país mais caro” da América do Sul enfrenta preços elevados em itens básicos como alimentos e combustíveis, mas ainda entrega uma boa qualidade vida a população — como?

Fatores como impostos elevados, moeda valorizada e forte presença de produtos importados ajudam a explicar os preços altos no país

O Uruguai foi apontado como o país mais caro da América do Sul em 2025. A conclusão faz parte de um levantamento feito pela plataforma internacional Numbeo, que comparou dados econômicos de toda a região. Com pontuação expressiva, o país superou os vizinhos com ampla margem e chamou atenção para a realidade enfrentada por seus habitantes.

Plataforma internacional avalia o custo de vida

Criada em 2009, a plataforma Numbeo é considerada uma das maiores bases colaborativas de dados sobre o custo de vida em todo o mundo.

A ferramenta permite comparar preços de produtos, serviços e condições gerais em diferentes países e cidades. Além dos custos, ela avalia também poder aquisitivo, sistema de saúde, segurança, trânsito e qualidade de vida.

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As informações presentes no site são alimentadas por usuários de diversas partes do planeta. Isso ajuda a compor um retrato detalhado e atualizado da realidade local. A proposta da plataforma é auxiliar pessoas que planejam viajar, mudar de país ou investir em novas regiões.

Uruguai lidera o ranking de 2025 na América do Sul

No relatório divulgado este ano, o Uruguai aparece como o país mais caro entre os países sul-americanos, com uma pontuação de 46.33.

O número é significativamente superior ao segundo colocado, a Argentina, que obteve 35.75 pontos. A diferença de mais de dez pontos coloca o Uruguai em uma posição destacada na comparação regional.

Na outra ponta da tabela, o Paraguai ficou com a menor pontuação entre os países da América do Sul: somente 23.02. O resultado escancara as diferenças econômicas entre as nações do continente.

No cenário mundial, o Uruguai figura como o 10º país mais caro, com maior custo de vida. Somente locais como as Ilhas Virgens dos Estados Unidos estão à frente no ranking global.

Importações e impostos impactam nos preços

Um dos principais fatores que explicam o alto custo de vida no Uruguai é a forte dependência do país em relação às importações. A economia uruguaia não possui grande indústria e tampouco produção de petróleo. Isso obriga o país a importar diversos produtos e insumos.

Como consequência, os preços de itens básicos, como alimentos, combustíveis e produtos tecnológicos, acabam sendo mais altos. Além disso, a carga tributária elevada sobre diversos produtos também influencia diretamente nos custos para o consumidor final.

Outro ponto destacado é a estrutura econômica uruguaia. Apesar de estável, ela apresenta pouca concorrência em alguns setores. Com isso, a falta de competição contribui para manter os preços elevados.

O tamanho reduzido do mercado interno também é um fator relevante para entender o cenário econômico do país.

Qualidade de vida segue como destaque

Apesar dos altos custos, o Uruguai é reconhecido por oferecer boa qualidade de vida. O país apresenta estabilidade política, segurança pública, sistema de saúde universal e educação acessível. Esses fatores costumam atrair pessoas de outros países que buscam tranquilidade e serviços eficientes.

Para estrangeiros que possuem maior poder aquisitivo, o custo de vida elevado pode ser compensado pelos benefícios sociais e estruturais que o país oferece.

Já para parte da população local, lidar com os altos preços pode ser mais difícil. Famílias com renda mais baixa sentem com mais intensidade os impactos do cenário atual.

Diferenças marcam a América do Sul

A comparação entre os países sul-americanos mostra uma grande disparidade. Enquanto o Uruguai lidera com ampla vantagem, outras nações enfrentam realidades bem diferentes. A pontuação baixa do Paraguai, por exemplo, indica custos mais acessíveis, mas não necessariamente melhor qualidade de vida.

O relatório da Numbeo reforça a complexidade econômica da América do Sul. A posição de destaque do Uruguai no ranking também mostra como fatores estruturais e tributários influenciam diretamente no dia a dia da população.

O relatório de 2025 da Numbeo trouxe dados concretos e comparativos sobre os países da América do Sul. A liderança do Uruguai como o país mais caro no custo de vida chama atenção, mas também levanta reflexões sobre as condições econômicas da região na totalidade.

A plataforma segue sendo uma referência global para quem busca entender melhor os preços e a realidade socioeconômica de diferentes locais. Seu papel na divulgação de informações ajuda cidadãos e investidores a tomar decisões mais conscientes.

Com informações de Giz Modo.

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