Quarenta e nove pessoas morreram afogadas em Portugal continental até ao final de Maio, o terceiro valor mais alto desde 2017, segundo dados do relatório do Observatório do Afogamento da Federação Portuguesa de Nadadores Salvadores (FEPONS). O valor registado em relação ao mesmo período de tempo apenas é superado por 2024 (58) e 2022 (52). Os dados do relatório indicam que a grande maioria das mortes por afogamento aconteceu em contexto de rio, tendo sido registados 22 casos, seguido do mar, com 19 mortes. Registaram-se também cinco mortes em poços, uma em aqueduto, uma em piscina pública e uma em piscina privada. Foram mais as mortes de homens com idades entres os 25 e os 29 anos. No relatório é ainda destacado o facto de a maioria das mortes ter acontecido em locais não vigiados e não presenciados.
O Observatório de Afogamento é um sistema criado pela Federação Portuguesa de Nadadores Salvadores em 2017 e a contabilização das mortes por afogamento é feita essencialmente a partir de ‘links’ de recortes de jornal ou imagens dos órgãos de comunicação social. A FEPONS aproveitou a publicação do relatório para alertar para a importância de reforçar as medidas de prevenção e educação para o risco aquático, especialmente com o início do Verão, período historicamente mais crítico.
“Reforçamos o apelo a comportamentos seguros junto da água, à vigilância adequada dos espaços balneares e à presença de nadadores salvadores qualificados”, pode ler-se no relatório do Observatório de Afogamento. A época balnear deste ano tem mais 10 praias vigiadas, num total de 605, segundo o Governo, que apelou à população para que cumpra as orientações de segurança. Olhos de Água do Alviela, em Alcanena, é uma das novas águas balneares identificadas em 2025, num total de 673 em todo o país.
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