O Haiti colapsa, o mundo ignora e Trump piora a situação

A imprensa americana reportou que haitianos que vivem nos EUA receberam, mesmo antes da decisão da Suprema Corte, cartas do Departamento de Segurança Interna dos EUA com o aviso de que eles deveriam se “autodeportar” —embora não haja voos comerciais dos EUA para Porto Príncipe no momento.

Em outubro de 2023, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou o envio de uma Missão Multinacional de Apoio à Segurança (MSS) no Haiti, liderada pelo Quênia. Apesar de ter sido aprovada dentro da ONU, não é uma missão da própria ONU. Isso significa que o financiamento é voluntário e o grande contribuinte, até o momento, são os Estados Unidos.

A promessa inicial, de uma força de 2,5 mil oficiais, não se concretizou —há 40% disso em campo. Os EUA dizem que não irão retirar o investimento dessa missão, que tem mostrado sua limitação, mas pressionam outros organismos e países a assumirem esse papel.

Recentemente, o secretário de Estado, Marco Rubio, disse que a Organização dos Estados Americanos (OEA) deveria liderar o esforço internacional de pacificação no Haiti. “Não estou ameaçando nos retirar da OEA, não é isso que estou dizendo”, disse Rubio, “O que digo é que precisamos desafiar alguns de nossos membros atuais para que deem um passo à frente”, afirmou.

Outras empreitadas dos americanos, no governo Trump, têm piorado o cenário. O Haiti é um dos países mais dependentes da ajuda americana. O congelamento de verba promovido por Trump na verba da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) atinge diretamente o sistema de saúde haitiano.

Brasil

O agravamento da crise no Haiti e a deportação de haitianos, hoje nos EUA, para outros países, tende a pressionar ainda mais os pedidos de visto humanitário feitos ao Brasil. Nos últimos quatro anos, o Brasil concedeu 25 mil vistos de acolhida humanitária através da embaixada em Porto Príncipe.


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