GEOTA exige reforço da eficiência energética em Portugal
O Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente (GEOTA) exigiu esta terça-feira um reforço da eficiência energética em Portugal e uma produção descentralizada de energias renováveis, para uma maior resiliência do abastecimento de eletricidade e evitar apagões.
O GEOTA reconhece, em comunicado, que a análise rigorosa das causas do ‘apagão’ de segunda-feira pode demorar, mas defende que “urge esclarecer rapidamente a população”, salientando que o sistema elétrico ibérico já operou inúmeras vezes com percentagens elevadas de energias renováveis sem qualquer constrangimento.
Para o grupo ambientalista, a importação-exportação de eletricidade entre Portugal e Espanha é um processo permanente com benefícios para ambas as partes, mas Portugal “continua a ter capacidade de produção nas centrais termoelétricas a gás natural e em centrais hidroelétricas de albufeira, que lhe permite ser autossuficiente”.
“A importação dentro do mercado ibérico dá-se por motivos meramente económicos, sendo que, no dia 28 [segunda-feira], durante algumas horas Portugal estaria a ser pago para consumir eletricidade de Espanha. Ao contrário do que algumas vozes vêm a defender, a solução não é nem a reabertura das centrais a carvão (na prática substituídas pelas centrais a gás) nem a energia nuclear (extremamente cara, de construção demorada, com riscos conhecidos, pouco resiliente face a perturbações, e perpetuadora do modelo de rede assente em mega centrais)”, argumenta.
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