Número de infecções parece estar a baixar – Estará Angola a livrar-se finalmente da epidemia?
NJ
4 de Junho 2025 às 09:43
Segundo o quadro com o ponto de situação da epidemia de cólera, distribuído pelo Ministério da Saúde à imprensa, “apenas” oito províncias reportaram casos nas últimas horas: Cuanza Sul (52), Namibe (47), Huíla (17), Luanda (6), Lunda Norte (4), Benguela (3), Icolo e Bengo (3) e Bengo (1).
Desde o início da epidemia, a 7 de Janeiro, foi reportado um total cumulativo de 24.669 casos e de 720 óbitos.
Durante este ano, o continente africano já registou mais de 127.000 casos de cólera e mais de 2.500 mortes em 20 países, segundo a agência de saúde pública da União Africana.
Os países afectados são Angola, Burundi, Comores, República Democrática do Congo (RDC), Etiópia, Gana, Quénia, Malaui, Moçambique, Namíbia, Nigéria, Ruanda, Somália, Sudão do Sul, Sudão, Tanzânia, Togo, Uganda, Zâmbia e Zimbábue.
No entanto, apenas quatro desses países – RDC, Angola, Sudão e Sudão do Sul – concentram 83% das infecções e 92% das mortes pela doença.
Como o Novo Jornal tem vindo a alertar, os dados recolhidos em diversos estudos internacionais, com incidência nos países menos desenvolvidos, indicam que em média existem mais quatro doentes por cada um confirmado laboratorialmente.
A razão principal para esta disparidade é que as unidades de saúde nem sempre dispõem dos componentes básicos para a testagem e porque muitos dos casos são assintomáticos, embora estes portadores do vibrião colérico, agente responsável pela doença a continuem a transmitir na comunidade em que estão inseridos.
Água e alimentos infectados e mal higienizados são a principal causa na transmissão comunitária da cólera.
A vacina e a higiene são os métodos mais eficazes para combater a propagação desta doença, considerada globalmente como uma infecção do 3º mundo.
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