Um naufrágio em Nampula, no norte de Moçambique, causou mais de 90 mortos na noite de domingo, avançou o secretário de Estado da província homónima. As vítimas (94, segundo a RTP) morreram na sequência do naufrágio de uma embarcação que saía do posto administrativo de Lunga com destino a ilha de Moçambique, avançou Jaime Neto, acrescentando que as autoridades suspeitam que o motivo do naufrágio tenha sido sobrelotação.
“O barco levava cerca de 130 pessoas, mas não tinha capacidade para tal. Portanto, naufragou e morreram pelo menos, até agora confirmados, 91 pessoas. Os corpos já foram reconhecidos”, declarou Neto, citado pela Televisão de Moçambique (TVM).
Segundo o responsável, as autoridades do posto administrativo de Lunga, a 189 quilómetros da cidade de Nampula (capital provincial), estão a fazer diligências para localizar pessoas que continuam desaparecidas. “É uma situação complicada e o posto administrativo de Lunga está a fazer algumas diligências para localizar outras pessoas que estavam na embarcação”, concluiu o responsável.
O jornal britânico “The Guardian” explica tratar-se de um barco de pesca convertido, sem condições de segurança para transportar passageiros. As operações de salvamento, em condições de mar adversas, permitiram encontrar cinco sobreviventes, dois dos quais estão em tratamento hospitalar.
Neto adiantou que a maioria dos que viajavam no barco procurava afastar-se de Moçambique continental devido a rumores de um surto de cólera. O país conta cerca de 15 mil casos desde outubro, sobretudo em Nampula, onde se concentra um terço do total. A província tem recebido o afluxo de habitantes de Cabo Delgado, a norte, fugidos de mais uma vaga de atentados jiadistas.
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