Rio de Janeiro. Morreu, nesta quinta-feira (1º), aos 84 anos, a cantora Nana Caymmi, uma das vozes mais emblemáticas da música brasileira.
Nana havia passado seu aniversário de 84 anos, na terça-feira (29), em estado delicado de saúde.
A cantora estava internada há nove meses. A causa da morte ainda não foi informada.
Filha de Dorival Caymmi, Nana estava internada na Clínica São José, no Humaitá, Zona Sul do Rio de Janeiro, desde agosto do ano passado, tratando uma arritmia cardíaca.
Com mais de seis décadas de carreira, Nana iniciou sua trajetória artística ainda adolescente, gravando a faixa “Acalanto” no disco do pai.
Vida pessoal
Em 1961, surpreendentemente, Nana largou tudo para se casar com o médico Gilberto José Aponte Paoli e mudou-se para a Venezuela, onde nasceram suas filhas: Stella Teresa e Denise Maria.
Três anos depois, participou do disco “Caymmi visita Tom e leva seus filhos Nana, Dori e Danilo”, ao lado do pai e dos irmãos. No ano seguinte, gravou pelo selo Elenco seu primeiro LP, “Nana” e, em dezembro, separou-se do marido e voltou para o Brasil grávida (do filho João Gilberto), com as filhas.
“A gravação desse LP praticamente decidiu o fim do meu casamento. Fiquei muito emocionada, senti que não podia viver longe da música e das pessoas com quem eu me identificava musicalmente”, contou ela ao GLOBO em 1973.
“Fugi, praticamente, da Venezuela para atender a um apelo maior. Para dar uma resposta a mim mesma. Para fazer o que seu sentia necessidade de fazer: música”.
O segundo casamento, com Gilberto Gil
Em 1966, Nana venceu o I Festival Internacional da Canção da TV Globo, interpretando a canção “Saveiros”, do irmão Dori com Nelson Motta.
No ano seguinte, veio o segundo casamento, com Gilberto Gil. Com ele, compôs “Bom dia”, canção apresentada no III Festival de Música Brasileira (TV Record), em 1967. No ano seguinte, Nana e Gil estariam separados, mas não antes dela gravar compacto duplo, em que foi acompanhada pelos Mutantes de Rita Lee, cantando “Bom dia”, “Alegria, alegria” (Caetano Veloso), “O cantador” e “O penúltimo cordão” (do irmão Danilo com Caetano e Sergio Fayne).
“Os Mutantes eram jovens, ingênuos e faziam vocais ótimos. Eu vivi a Tropicália de todas as formas, só não a entendia! Ah, e outra coisa que não entendi foi a passeata contra as guitarras elétricas”, disse Nana também ao GLOBO, em 2012, referindo-se à manifestação organizada em São Paulo pelos representantes da MPB contra a jovem guarda, da qual, inclusive, um Gil pré-tropicalista participou.
“Ah, mas o Gil foi na conversa da maluca da Elis (Regina). Eu devo ter aproveitado a passeata para vir ao Rio, ir à praia”, ironizou.
Nana deu entrada na Clínica São José, em Botafogo, Zona Sul do Rio, em agosto do ano passado, diante de um quadro de arritmia cardíaca. Ela passou por cateterismo e traqueostomia.

Rio de Janeiro. Morreu, nesta quinta-feira (1º), aos 84 anos, a cantora Nana Caymmi, uma das vozes mais emblemáticas da música brasileira.
Nana havia passado seu aniversário de 84 anos, na terça-feira (29), em estado delicado de saúde.
A cantora estava internada há nove meses. A causa da morte ainda não foi informada.
Filha de Dorival Caymmi, Nana estava internada na Clínica São José, no Humaitá, Zona Sul do Rio de Janeiro, desde agosto do ano passado, tratando uma arritmia cardíaca.
Com mais de seis décadas de carreira, Nana iniciou sua trajetória artística ainda adolescente, gravando a faixa “Acalanto” no disco do pai.
Vida pessoal
Em 1961, surpreendentemente, Nana largou tudo para se casar com o médico Gilberto José Aponte Paoli e mudou-se para a Venezuela, onde nasceram suas filhas: Stella Teresa e Denise Maria.
Três anos depois, participou do disco “Caymmi visita Tom e leva seus filhos Nana, Dori e Danilo”, ao lado do pai e dos irmãos. No ano seguinte, gravou pelo selo Elenco seu primeiro LP, “Nana” e, em dezembro, separou-se do marido e voltou para o Brasil grávida (do filho João Gilberto), com as filhas.
“A gravação desse LP praticamente decidiu o fim do meu casamento. Fiquei muito emocionada, senti que não podia viver longe da música e das pessoas com quem eu me identificava musicalmente”, contou ela ao GLOBO em 1973.
“Fugi, praticamente, da Venezuela para atender a um apelo maior. Para dar uma resposta a mim mesma. Para fazer o que seu sentia necessidade de fazer: música”.
O segundo casamento, com Gilberto Gil
Em 1966, Nana venceu o I Festival Internacional da Canção da TV Globo, interpretando a canção “Saveiros”, do irmão Dori com Nelson Motta.
No ano seguinte, veio o segundo casamento, com Gilberto Gil. Com ele, compôs “Bom dia”, canção apresentada no III Festival de Música Brasileira (TV Record), em 1967. No ano seguinte, Nana e Gil estariam separados, mas não antes dela gravar compacto duplo, em que foi acompanhada pelos Mutantes de Rita Lee, cantando “Bom dia”, “Alegria, alegria” (Caetano Veloso), “O cantador” e “O penúltimo cordão” (do irmão Danilo com Caetano e Sergio Fayne).
“Os Mutantes eram jovens, ingênuos e faziam vocais ótimos. Eu vivi a Tropicália de todas as formas, só não a entendia! Ah, e outra coisa que não entendi foi a passeata contra as guitarras elétricas”, disse Nana também ao GLOBO, em 2012, referindo-se à manifestação organizada em São Paulo pelos representantes da MPB contra a jovem guarda, da qual, inclusive, um Gil pré-tropicalista participou.
“Ah, mas o Gil foi na conversa da maluca da Elis (Regina). Eu devo ter aproveitado a passeata para vir ao Rio, ir à praia”, ironizou.
Nana deu entrada na Clínica São José, em Botafogo, Zona Sul do Rio, em agosto do ano passado, diante de um quadro de arritmia cardíaca. Ela passou por cateterismo e traqueostomia.

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