Foi oficialmente lançada esta sexta-feira, 20 de março de 2025, a 13.ª edição do Festival de Bubaque, que decorrerá entre os dias 18 e 20 de abril na ilha de Bubaque, no arquipélago dos Bijagós, Guiné-Bissau. O evento, fundado em 2009, tem como principal objetivo valorizar as potencialidades culturais, turísticas e ambientais da ilha, promovendo simultaneamente a música, gastronomia, biodiversidade e desenvolvimento comunitário.
Durante a cerimónia de lançamento, Nicolau Gomes Almeida, presidente da comissão organizadora, sublinhou o impacto positivo do festival na ilha, destacando que a iniciativa tem contribuído diretamente para infraestruturas locais, com especial enfoque no apoio ao hospital de Bubaque. “Este ano não trazemos grandes novidades, mas mantemos o compromisso com a valorização da nossa cultura, música e gastronomia. Os nossos pratos devem ser conhecidos além-fronteiras. Este é um festival sem fins lucrativos, feito com o propósito de apoiar a comunidade, dinamizar a economia local e contribuir para o desenvolvimento sustentável da ilha”, afirmou Nicolau Almeida.
Localizada na região de Bolama, a ilha de Bubaque é a mais povoada e uma das mais conhecidas do arquipélago dos Bijagós, contando com cerca de 48 km², dos quais 18 km² são compostos por zonas de pântanos inundáveis na maré alta. A ilha é reconhecida pela sua riqueza natural, com vasta área florestal e vida selvagem, o que a torna uma importante atração turística nacional.
Ao longo dos anos, o festival tem desempenhado um papel relevante na dinamização da juventude local, impulsionando a criação de iniciativas ligadas à cultura e ao empreendedorismo. “Antes do festival, não existiam atividades voltadas para o desenvolvimento da ilha. Desde então, os jovens começaram a idealizar projetos ligados à cultura e ao progresso de Bubaque”, destacou o presidente da comissão organizadora.
O arquipélago dos Bijagós, composto por 88 ilhas, situa-se a cerca de 50 quilómetros da capital, Bissau, e continua a ser um território com forte preservação cultural e religiosa, mantendo tradições ancestrais. A ilha de Bubaque, em particular, foi uma das mais afetadas pela presença colonial europeia, tendo sido escolhida por alemães e portugueses como centro de atividades no arquipélago durante o período colonial.
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