Em meio à Estação da Luz, está o Museu da Língua Portuguesa, que se dedica a refletir sobre a história da formação do idioma. Não há um único jeito de visitá-lo —mas algumas salas são quase parada obrigatória para quem faz o passeio.
O fio condutor do espaço é a exposição principal, que ocupa o segundo e o terceiro andares. Nela, fica evidente a vocação tecnológica do museu, que busca colocar o usuário para interagir com as instalações e entender como surgiu uma língua falada por 260 milhões de pessoas no mundo, suas influências e como ela é fundamental na identidade cultural.
A mostra foi criada na reabertura do museu, em 2021, após mais de cinco anos em reforma, devido a um incêndio que destruiu o prédio em 2015. Graças ao acervo digital, o espaço foi refeito e ganhou uma nova roupagem.
No espaço Línguas do Mundo, caixas de sons cilíndricas repetem poemas e músicas em 23 idiomas que tenham alguma ligação com o Brasil.
Os painéis da sala Falares apresentam brasileiros contando suas histórias e mostrando os diferentes sotaques e regionalismos que existem no país.
Dois destaques da visita são o Beco das Palavras e a Praça da Língua. O primeiro é um jogo em que os visitantes juntam sílabas para formar palavras e ouvem o significado delas.
A segunda atração começa com a exibição de um filme que reflete sobre a complexidade de falar, escrever, ler e entender. Uma caminhada em direção ao ambiente seguinte revela projeções com textos e músicas brasileiras.
“Nessas experiências também está a ideia de um português que vem de diversos lugares do mundo, de uma grande cronologia em que você pode entender a história e formação do país até hoje, passando sobretudo pela língua”, diz a diretora técnica, Roberta Saraiva.
A partir da exposição de longa duração, o museu se aprofunda em temáticas que são abordadas nas exposições temporárias, explica Saraiva.
Em cartaz, a mostra temporária Vidas em Cordel conta 22 histórias no formato da literatura típica do Nordeste brasileiro.
No primeiro andar, estreia nesta sexta-feira (28) a exposição Fala Falar Falares. A mostra, que explora a capacidade humana de falar, inclui experiências com microfones que captam a respiração, imagens de ressonância magnética de corpos falando e um quiz sobre sotaques.
A próxima exposição, que abre no segundo semestre, será dedicada ao funk.
A partir deste mês, começa uma programação gratuita que tem visitas guiadas, contação de histórias, sessões de cinema, apresentações musicais e saraus. Os detalhes serão divulgados no site da instituição.
Museu da Língua Portuguesa
Fundação: 2006,
Tamanho: 3 andares, 4.333 m²
Como chegar: fica a poucos passos da Estação da Luz
Endereço: Praça da Luz, s/n°, Luz, Centro
Preço: R$ 24 (inteira). Grátis para crianças até 7 anos e aos sábados e domingos
Horário: Ter. a dom., das 9h às 16h30
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