A Seleção Brasileira venceu o Paraguai por 1-0, na Neo Química Arena, em jogo da 16.ª jornada das Eliminatórias Sul-Americanas, garantindo a qualificação antecipada para o Campeonato do Mundo de 2026. O golo do triunfo foi marcado por Vinícius Júnior, após assistência de Matheus Cunha. O novo avançado do Manchester United foi uma das alterações promovidas para o encontro desta noite.
Um belo presente para Carlo Ancelotti. No dia do seu 66.º aniversário, o treinador celebrou a primeira vitória ao comando da selecção pentacampeã mundial, precisamente na sua estreia diante do público brasileiro.
O resultado trouxe algum alívio, embora o futebol apresentado ainda não tenha sido especialmente vistoso. Ainda assim, foi possível notar sinais de evolução, sobretudo no que diz respeito ao sistema defensivo. Pelo segundo jogo consecutivo, a equipa não sofreu golos.
O Brasil alcançou os 25 pontos e já não pode ser alcançado pela Venezuela, sétima classificada, com 18, quando faltam apenas duas jornadas para o fim das Eliminatórias. A Vinotinto foi derrotada pelo Uruguai por 2-0 também nesta terça-feira.
A qualificação para o próximo Campeonato do Mundo encerra, pelo menos, um capítulo conturbado na campanha, marcada por altos e baixos e por várias trocas de selecionador desde o final da era Tite.

A chegada de Ancelotti devolve alguma esperança a um adepto brasileiro desconfiado, mas que acredita que o experiente técnico italiano poderá trazer soluções para os problemas urgentes de um ciclo visivelmente desequilibrado.
Mas o Brasil tem destas histórias. Antes do pentacampeonato em 2002, o cenário era bastante semelhante. A seleção sofreu nas Eliminatórias e passou por diversas mudanças técnicas até à chegada de Felipão. Se o desfecho da atual história seguir o mesmo rumo do que aconteceu há mais de 20 anos, o adepto brasileiro poderá voltar a sorrir.
Apesar da derrota – a primeira após nove jogos de invencibilidade – o Paraguai continua em boa posição para garantir presença no próximo Mundial. A Albirroja ocupa o quinto lugar, com 24 pontos, e está a um empate da qualificação. A equipa comandada pelo técnico argentino Gustavo Alfaro não participa numa fase final desde 2010, quando chegou aos quartos-de-final e foi eliminada pela Espanha, futura campeã da prova.
Pressão desde o apito inicial
Perante mais de 46 mil espectadores, o Brasil pressionou o recuado Paraguai desde o apito inicial, ocupando intensamente o meio-campo defensivo da Albirroja durante os primeiros 45 minutos. A canarinha adoptou uma pressão alta agressiva, dificultando imenso a saída de bola do adversário, que pouco conseguiu construir.
Aos 11 minutos, o Brasil esteve perto de inaugurar o marcador com Vini Jr. Matheus Cunha surgiu pela direita e cruzou rasteiro para o centro da área. O número 10 da Seleção apareceu para finalizar, mas não acertou em cheio na bola, que subiu por cima da baliza defendida pelo antigo guarda-redes do Botafogo, Gatito Fernández.
Já aos 27 minutos, foi Matheus Cunha quem voltou a ameaçar, desta vez de cabeça, após cruzamento de Martinelli. O avançado surgiu solto na área e cabeceou com perigo. O Paraguai conseguiu equilibrar o jogo durante alguns minutos, obrigando Alisson a intervir numa finalização de Cáceres.
No entanto, aos 43′, o Brasil voltou a assumir o controlo da partida e chegou ao golo. Após um erro da defesa paraguaia, Matheus Cunha recuperou a posse de bola e cruzou rasteiro para Vini Jr., que desta vez não desperdiçou e finalizou com frieza na cara do guarda-redes.

Um jogo de controlo
Na segunda parte, o Brasil manteve a superioridade em campo e quase ampliou a vantagem aos 13 minutos, quando Bruno Guimarães tentou um chapéu a Gatito, obrigando o guarda-redes a aplicar-se. O ritmo da partida abrandou, com o Paraguai fiel ao seu estilo defensivo e o Brasil a revelar algumas dificuldades na criação ofensiva.
Houve um momento de ligeira instabilidade por parte da Seleção, mas os paraguaios não demonstraram grande ímpeto ofensivo. Com o jogo sob controlo, o Brasil segurou o resultado e respirou de alívio. A qualificação para o próximo Mundial está garantida. Fica a sensação de dever cumprido.

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