No lado asiático de Istambul, a maior cidade da Turquia, um comício em Kadikoy recebeu dezenas de grupos de mulheres que discursaram, dançaram e cantaram, num protesto supervisionado por uma grande presença policial, que incluiu agentes do corpo especial de polícia e um camião com um canhão de água.
Em muitos outros países europeus, as mulheres também protestaram contra a violência, por um melhor acesso a cuidados de saúde específicos de género, igualdade salarial e outras questões em que não recebem o mesmo tratamento do que os homens.
Em Atenas, Madrid, Paris, Munique, Zurique, Belgrado e em muitas outras cidades europeias, as mulheres marcharam para exigir o fim do tratamento como cidadãs de segunda classe na sociedade, na política, na família e no trabalho.
Em Madrid, os manifestantes exibiram grandes desenhos que retratavam Gisele Pélicot, a mulher que foi drogada pelo ex-marido em França ao longo de uma década para ser violada por dezenas de homens enquanto estava inconsciente. Pélicot tornou-se um símbolo para as mulheres de toda a Europa na luta contra a violência sexual.
Milhares de mulheres marcharam em Skopje, capital da Macedónia do Norte, assim como em várias outras cidades do país, para levantar a voz pela igualdade económica, política e social.
Na capital da Nigéria, Lagos, milhares de mulheres reuniram-se no Estádio Mobolaji Johnson, onde dançaram, cantaram e celebraram a feminilidade.
Na Rússia, as celebrações do Dia da Mulher tiveram um tom mais oficial, com soldados da guarda de honra a presentearem raparigas e mulheres com tulipas amarelas durante uma celebração em São Petersburgo.
Em Berlim, o presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, apelou a maiores esforços para se alcançar a igualdade e alertou contra as tendências de retrocesso nos direitos já conquistados.
Na Bolívia, milhares de mulheres marcharam na sexta-feira à noite, com algumas a rabiscar ‘grafítis’ nas paredes dos tribunais a exigir que os seus direitos sejam respeitados e a denunciar a impunidade nos assassinatos de mulheres, conhecidos como femicídios, com menos de metade destes casos a chegarem a uma sentença.
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