Morre Mario Vargas Llosa, Nobel de Literatura, aos 89 anos no Peru

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O renomado escritor Mario Vargas Llosa faleceu nesta segunda-feira (14), aos 89 anos, em Lima, capital do Peru. O anúncio foi feito por seu filho, Álvaro Vargas Llosa, em uma nota publicada nas redes sociais. De acordo com a família, a morte ocorreu de forma tranquila, cercado por seus entes queridos. Não haverá velório ou cerimônia pública, e o corpo será cremado conforme desejo do autor.

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Prêmio Nobel e ícone do “boom” latino-americano

Vargas Llosa foi um dos mais importantes nomes da literatura latino-americana. Ao lado de autores como Gabriel García Márquez, Julio Cortázar e Carlos Fuentes, protagonizou o movimento literário conhecido como “boom latino-americano”. Em 2010, foi laureado com o Prêmio Nobel de Literatura por sua análise das estruturas de poder e da resistência individual.

  • Autor de clássicos como A cidade e os cachorros, Conversa no Catedral e A casa verde
  • Suas obras foram traduzidas para mais de 30 idiomas
  • Recebeu diversos prêmios literários, como o Cervantes e o Príncipe de Astúrias
  • Lançou seu último livro, Você meu silêncio, em 2023

Vida pessoal marcada por amores e recomeços

Mario Vargas Llosa nasceu em Arequipa, no sul do Peru, em 1936, e foi criado entre a Bolívia e Lima. Após cursar a Academia Militar e se formar em Letras, iniciou a carreira jornalística. Em 1959, mudou-se para Paris, onde trabalhou como tradutor, professor e jornalista. Casou-se duas vezes: primeiro com sua tia Julia Urquidi, depois com Patricia Llosa, com quem teve três filhos e permaneceu por 50 anos.

  • Cresceu em família de classe média e foi educado pelos avós maternos
  • Viveu entre Bolívia, Peru, França e Espanha
  • Seus relacionamentos foram amplamente comentados pela mídia

Atuação política e opiniões contundentes

Além da literatura, Vargas Llosa se envolveu na política e foi candidato à presidência do Peru em 1990, sendo derrotado por Alberto Fujimori. Ao longo da vida, manteve-se ativo no debate público e político, com críticas ao populismo e apoio a políticos liberais e conservadores. Em 2022, declarou preferência por Jair Bolsonaro em detrimento de Lula nas eleições presidenciais brasileiras.

  • Candidato à presidência do Peru em 1990
  • Forte crítico do populismo, que classificava como “doença da democracia”
  • Envolvido no escândalo dos Pandora Papers em 2021, por uso de paraíso fiscal

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