“Temos cerca de 25 mil novos casos de cancro [anualmente], a taxa de mortalidade continua relativamente alta(…) Estima-se que mortalidade chegue até aos 17 mil”, disse Cesaltina Lorenzoni, chefe do Programa Nacional do Controlo do Cancro, durante um seminário multidisciplinar sobre a patologia, em Maputo.
Segundo a representante, uma das dificuldades que o país enfrenta atualmente para o diagnóstico e tratamento do cancro é a falta de profissionais de saúde especializados.
“Uma das questões de que nós nos ressentimos muito é a falta de pessoal médico formado para esta área. Há 10 anos, a área do cancro não era priorizada, nós tínhamos médicos formados em diferentes categorias (…) e não se focou muito na oncologia”, explicou.
Cesaltina Lorenzoni reiterou que o setor da saúde está a desenhar um plano de formação de profissionais para o tratamento destas patologias.
“Estamos a fazer um plano de formação dos profissionais locais, estamos a mobilizar clínicos gerais e neste momento nós estamos a alocar estes clínicos em todas os hospitais gerais, centrais e provinciais (…), isso alivia não só a carga do Hospital Central de Maputo [o maior do país] mas também em termos de acesso dos serviços à população”, afirmou.
Entre as patologias mais diagnosticadas, Cesaltina Lorenzoni aponta para o cancro do colo do útero, da mama e o Sarcoma de Caposse.
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