Ministra propõe intensificar cooperação entre MCTI e PNUMA — Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação

A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, recebeu, nesta quarta-feira (3), a subsecretária-geral das Nações Unidas e diretora-geral do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), Inger Andersen. O encontro ocorreu na sede da pasta.

Após citar os principais projetos frutos da parceria entre as instituições, Luciana Santos propôs a intensificação da cooperação. “Gostaria de ressaltar nossas experiências bem-sucedidas e iniciativas conjuntas em andamento ao longo de mais de 10 anos, em campos distintos de conhecimento na biodiversidade e oceanos”, disse.

Há mais de 10 anos o ministério e o programa mantém uma parceria em diversas áreas, como oceanos, climática, cidades sustentáveis e biodiversidade. “Nós estamos prontos para trabalhar com a senhora e o ministério e apoiar o desenvolvimento urbano sustentável”, garantiu a diretora-geral.

Como novo foco de parceria, Luciana Santos sugeriu a área de sistemas de alertas de desastres naturais. “No âmbito do MCTI, isso é responsabilidade do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, o Cemaden, cuja missão é monitorar e emitir alertas, para mais de 1.100 municípios”, explicou.

Em resposta, Inger Andersen concordou com a importância de centros de alerta. “Eu viajei para o Paquistão logo depois das enchentes e eu vi o que a falta de alertas, a falta de monitoramento do clima, a falta de análise de risco climático pode fazer em termos de bilhões de dólares de custos para o Paquistão. Infelizmente, muitos outros países passam por isso”, disse a diretora.

Atualmente, o Cemaden já tem parcerias com a NASA, a Agência Atmosférica e Oceanográfica dos Estados Unidos, o Joint Research Centre da União Europeia, o Serviço Meteorológico Britânico, além de participar de projetos científicos no âmbito dos BRICS e liderar os esforços de preparação do “State of Climate” para América Latina e o Caribe, desde 2019, por demanda da Organização Meteorológica Mundial. 

CITinova I e II

Um dos principais projetos advindo da cooperação foi o CITinova, que foi aplicado no Recife e em Brasília e lançado em 2018. O programa busca promover cidades sustentáveis no Brasil através do planejamento urbano integrado e de investimentos em tecnologias inovadoras. “A ausência de projetos nesse sentindo acabou levando o Brasil a viver o fenômeno de forte concentração urbana. Por isso, a nossa ideia é que esse modelo possa ser replicado no restante do Brasil. As cidades precisam ser sustentáveis e isso só é possível com a inovação”, disse a ministra.

Após seis anos, a primeira etapa do programa foi finalizada e uma nova iniciada ano passado. O CITinova II será implantado em Belém (PA), Florianópolis (SC) e Teresina (PI) e tem previsão de término para 2026. “O CITinova é um programa realmente muito inovador. Amanhã nós vamos visitar o Recife e espero que o projeto esteja funcionando bem. Eu estou ansiosa para entender e aprender mais sobre essas iniciativas”, afirmou Inger Andersen.

O programa é financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (em inglês, Global Environment Facility, GEF), implementado pelo PNUMA e executado pelo MCTI.

DataClima+

Outro projeto citado pela ministra foi o “Strengthening the national transparency system in Brazil under the Paris Agreement”, conhecido como DataClima+ e firmado recentemente pelas instituições. “Por meio do DataClima+, o Brasil formaliza e agiliza a governança dos dados climáticos necessários para cumprir os requisitos do quadro de transparência reforçada e subsidiar a tomada de decisões”, esclareceu a chefe da pasta.

Com o programa, o país busca produzir informações climáticas de alta qualidade, inclusive no que se refere ao planejamento, coleta de dados, processamento e análise de dados, publicação e compartilhamento de informações, preservação e reutilização de dados. “O projeto desenvolverá e implementará políticas, regras, processos, estruturas organizacionais e tecnologias seguindo as melhores práticas de processos de negócios, aumentando a eficiência do sistema e, principalmente, a produtividade do MCTI na elaboração dos relatórios de transparência posteriores”, disse a ministra.


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