Microsoft une-se a startup suíça para estimular raciocínio da IA – Tecnologias

A Inteligência Artificial (IA) responde mediante a informação que encontra disponível na sua gigantesca base de dados. E se a IA pudesse ter um raciocínio próprio, semelhante ao cérebro humano?

É isso que uma startup suíça de IA e a Microsoft estão a explorar em conjunto e ambicionam comercializar, segundo informação disponibilizada pela parceria esta terça-feira. A startup inait criou um modelo de IA que simula o raciocínio do cérebro de um mamífero, de forma a auxiliar avanços em campos de estudo que vão da robótica até ao financeiro. 

Em comunicado, a inait adianta que a sua criação “nasceu de décadas de pesquisa de neurociências e oferece uma mudança de paradigma na IA”. Com o objetivo de espelhar a inteligência biológica, os fundadores da startup suíça sustentam que a tecnologia aprende através de experiências reais, em vez de depender de dados pré-existentes

Se conseguíssemos dominar o cérebro, então poderíamos fazer algo diferente e mais poderosoHenry Markram
Fundador da startup inait

O fundador da inait, Henry Markram, aponta que a colaboração com a Microsoft chega “num momento fundamental” para a pesquisa da startup. “Após duas décadas de I&D, temos agora réplicas digitais de cérebros e o conhecimento para os ensinar a realizar IA”, escreve Markram em comunicado. 

Já o CEO da empresa explica que a ideia para a criação da inait surgiu por “a única forma de inteligência conhecida estar no cérebro”. “Se conseguíssemos dominar o cérebro, então poderíamos fazer algo diferente e mais poderoso”. 

Na visão da startup, o ecossistema da Microsoft vai permitir dar um empurrão à plataforma, colocar a solução no mercado e vai ainda permitir desenvolver novas criações que vão transformar a indústria. 

No mesmo comunicado, a CEO da Microsoft Suíça, Catrin Hinkel, indica a “abordagem da inait à IA tem o potencial de trazer valor significativo à indústria”, apelidando a tecnologia com bases em neurociência de “verdadeiramente inovadora”.

A base do estudo está no cérebro de um roedor, mas o fundador assegura que a “receita é geral e pode ser utilizada para recriar ou replicar em cérebros de outras espécies, desde formigas até – em príncipio – humanos“. 

A tecnologia desenvolvida pelo projeto está disponível para vários investigadores tecnológicos de forma gratuita e de subscrição através do Open Brain Institute, outro projeto fundado por Henry Markram.


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