De acordo com dados de um relatório do Banco de Moçambique a que a Lusa teve hoje acesso, o IDE em 2023 compara com os quase 2.459 milhões de dólares (2.284 milhões de euros) no ano anterior, mas fica aquém dos 5.101 milhões de dólares (4.738 milhões de euros) de 2021.
“Quanto aos principais parceiros do IDE em Moçambique, destaque vai para as Maurícias, que mantiveram a posição cimeira, com 44,7%, seguidas pela África do Sul, Países Baixos e Itália, com 25,4%, 14,6% e 7,2% do total de IDE líquido do país, respetivamente”, lê-se no relatório.
As Maurícias – subsidiárias de outros países, sobretudo do setor mineiro – investiram essencialmente na indústria extrativa e transformadora, alojamento e restauração, e agricultura em Moçambique, enquanto a África do Sul na indústria extrativa e transformadora, atividades financeiras, e produção e distribuição de eletricidade.
A tabela dos dez principais investidores externos em Moçambique fecha com a China, com um peso de 0,6%, essencialmente na indústria extrativa e transformadora, e Portugal, com 0,5% do total de IDE de 2023, neste caso na construção, indústria transformadora, alojamento e restauração, transporte a armazenagem.
Em termos de distribuição setorial do IDE, o relatório do Banco de Moçambique refere que a indústria extrativa manteve a sua posição “de maior recetor de fluxos de investimento”, ao encaixar um total de 2.261,3 milhões de dólares (2.100 milhões de euros) em 2023, o que corresponde a 90,1% do total do investimento estrangeiro, mais 10,8% face a 2022.
Seguem-se os setores de agricultura, produção animal, caça e silvicultura, com 53,3 milhões de dólares (49,5 milhões de euros), equivalente a 2,1% do total, e de produção e distribuição de eletricidade, gás e água, que receberam 40,2 milhões de dólares (37,3 milhões de euros) em investimento externo, correspondentes a 1,6% do total do IDE e menos 69,4% em relação a 2022.
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