Manifestantes exigem aumento de pensões na Venezuela, congeladas há três anos e abaixo de US$ 2 | Mundo e Ciência


Custo da cesta básica para uma família de quatro pessoas é de até US$ 500, muito além da renda dos aposentados
AFP

Uma manifestação realizada nesta quinta-feira (13) cobrou o reajuste das pensões na Venezuela, que permanecem congeladas há três anos e não ultrapassam US$ 2 mensais. A desvalorização da moeda local agravou ainda mais a situação dos aposentados, que enfrentam extrema dificuldade para arcar com despesas básicas.

“Nos aplicam a pena de morte porque com os salários que ganhamos não conseguimos comer”, afirmou Ana Mercedes Lares, aposentada de 71 anos de um hospital público, durante o protesto realizado em frente à Defensoria do Povo. “Se não fosse por meus filhos, por meus netos, eu já teria morrido”, acrescentou.

Atualmente, os aposentados do Seguro Social recebem 130 bolívares, valor que equivalia a cerca de US$ 30 em 2022, quando ocorreu o último reajuste. Hoje, essa quantia representa apenas US$ 1,96. Já os aposentados da administração pública podem ter uma renda um pouco maior, mas ainda insuficiente para cobrir o custo de vida no país.

O governo de Nicolás Maduro atribui os baixos salários às sanções impostas pelos Estados Unidos desde 2019. Para amenizar a crise, nos últimos anos, o governo optou por complementar os salários dos funcionários públicos ativos com bônus que elevam a renda mínima mensal para cerca de US$ 130. No entanto, esses benefícios não se estendem aos aposentados.

Segundo especialistas, o custo de uma cesta básica para uma família de quatro pessoas varia entre US$ 270 e US$ 500, muito acima do que a maioria dos aposentados recebe.

“Temos pensões e salários de fome, estamos em situação de indigência social”, afirmou Ana Rosario Contreras, aposentada da administração pública, reforçando a urgência de medidas para garantir condições dignas aos aposentados venezuelanos.

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