A manifestação dos apoiantes do regime é convocada pela Plataforma “Firkidja di Povo” (Forquilha do povo), que se mostrou contrária à decisão de um juiz do Tribunal da Relação que libertou dois ex-governantes detidos preventivamente, durante mais de seis meses, acusados de corrupção.
“Vamos manifestar a nossa indignação pela decisão do juiz que libertou os senhores Suleimane Seidi e António Monteiro que roubaram no Tesouro Público seis mil milhões de francos CFA”, cerca de nove milhões de euros, afirma o grupo numa comunicação nas redes sociais, numa referência à acusação de pagamentos indevidos de dívidas do Estado a empresários feita aos ex-governantes.
A manifestação deste grupo está prevista para começar às 8h da manhã de sábado (27.07) e vai partir da localidade da Chapa, em Bissau, até ao clube desportivo da UDIB, no centro da capital guineense.
Também na sua página numa rede social, a Frente Popular, uma plataforma que junta grupos de mulheres, de jovens e de sindicatos, anuncia para sábado uma “manifestação pacífica em todo o país e na diáspora” (estando já marcada uma concentração em Lisboa) contra a dissolução do Parlamento e a manutenção da direção da Comissão Nacional de Eleições, cujo mandato consideram já ter caducado.
A Frente Popular, que tem como objetivo “salvar a democracia”, que diz estar ameaçada na Guiné-Bissau, vai-se manifestar em Bissau para exigir a realização de eleições no Supremo Tribunal de Justiça, que afirma “estar capturado pelo Presidente da República” e ainda a marcação da data das eleições presidenciais ainda este ano.
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