Destes, 90 procuravam chegar a Espanha e foram detidos nos Bijagós, um arquipélago de 88 ilhas no Oceano Atlântico. Entre os migrantes intercetados, 66 eram da Guiné Conacri, quatro da Guiné-Bissau e duas do senegal, disse à agência de notícias France-Presse (AFP) uma fonte de segurança de Bissau.
Segundo as autoridades da Guiné-Bissau, as 90 pessoas foram encontradas pela guarda nacional na ilha da Caravela, a quatro horas da capital Bissau, numa piroga. Entre estas encontravam-se duas mulheres grávidas e crianças, nomeadamente um bebé de um ano, indicaram as forças de segurança, salientando ainda que duas pessoas conseguiram fugir.
Já no vizinho Senegal, a marinha anunciou na rede social X que tinha intercetado, na segunda-feira, também numa piroga, 92 migrantes no delta do Salum, situado no sudoeste do país, junto à fronteira com a Gâmbia.
A nacionalidade dos detidos não foi especificada.
O Senegal e a Guiné-Bissau são os principais pontos de partida dos milhares de africanos que, desde há anos, tomam a perigosa rota atlântica para tentar chegar à Europa, principalmente através do arquipélago espanhol das Canárias, a bordo de embarcações sobrelotadas e muitas vezes degradadas.
De acordo com a Organização Internacional para as Migrações (OIM), pelo menos 201 pessoas morreram ou desapareceram nas Canárias até ao momento este ano.
Em 2024, o número de mortos e desaparecidos nesta rota ascendeu a 1.166.
Crédito: Link de origem