Mais de 150 000 tartarugas ganharam o oceano durante a temporada de nidificação de 2024

Projecto Biodiversidade e BIOS Cabo Verde, organizações cabo-verdianas que se dedicam à conservação do ambiente, apresentaram os resultados da temporada de nidificação da tartaruga-comum de 2024. Ambas as entidades contam com o apoio da cadeia hoteleira RIU Hotels & Resorts, que opera seis hotéis no destino e que, com a sua estratégia de sustentabilidade Proudly Committed, está em consonância com iniciativas de proteção e conservação da biodiversidade. Os nascimentos ocorreram nos viveiros de conservação que estas organizações têm nas ilhas do Sal e da Boa Vista, contribuindo para que Cabo Verde seja uma das populações reprodutoras mais importantes do mundo para esta espécie.

Esta temporada, a ilha da Boa Vista albergou 60 % do total de tartarugas em Cabo Verde, com 22 427 ninhos registados apenas na Reserva Natural das Tartarugas. Entre estes, 600 ninhos foram protegidos em centros de incubação, com uma taxa de sucesso de eclosão de 77,9 %, permitindo a liberação de 34 592 crias no mar. Além disso, foram monitorizadas 7576 tartarugas e foram resgatadas 169. A BIOS Cabo Verde também continuou com experiências nos ninhos para a mitigação dos efeitos do aquecimento global, com resultados promissores no equilíbrio de sexos entre as crias.

Por sua vez, o Projecto Biodiversidade registou um total de 36 587 ninhos na ilha do Sal, entre os quais 2225 foram protegidos em viveiros, incluindo um que se encontra em frente dos hotéis da RIU. A taxa de eclosão alcançou cerca de 82,3 %, com a liberação de 115 962 crias no mar. Na ilha, foram patrulhados 27 km da costa, o que permitiu a monitorização de 1645 tartarugas. Além disso, a introdução de sombras nos viveiros ajudou a reduzir a temperatura de incubação em 2 °C, aumentando a proporção de tartarugas macho, uma medida fundamental para combater os efeitos das alterações climáticas.

Foto BIOS Cabo Verde

Outro desenvolvimento significativo foi a redução da caça furtiva, que diminuiu de 440 casos em 2021 para só 110 em 2024 na ilha do Sal. Os viveiros contam com a supervisão de voluntários da BIOS Cabo Verde e do Projeto Biodiversidade, os quais também recebem o apoio da RIU, que financia a alimentação dos acampamentos para a equipa de vigilância das praias.

Graças a estas iniciativas, há um reforço da protecção da tartaruga-comum (Caretta caretta), classificada como vulnerável pela Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da UICN (União Internacional para a Conservação da Natureza). A cadeia RIU faz parte de programas de protecção de espécies animais e dos seus habitats em projectos do México, Jamaica, Maurícia e Aruba, onde apoia a conservação do jaguar, da arara-verde, dos tubarões-baleia e do coelho de cauda de algodão, entre outros.

Foto BIOS

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