Maduro pediu a Guterres que garanta direitos dos migrantes venezuelanos

O pedido, segundo um comunicado divulgado em Caracas, foi feito telefonicamente, na quarta-feira e hoje, tendo-lhes sido ainda pedido para assegurar a libertação incondicional dos venezuelanos deportados recentemente pelos EUA e enviados a uma prisão em El Salvador.

 

“Em ambas as conversas, o Presidente Maduro sublinhou a necessidade de o Sistema das Nações Unidas assumir um compromisso firme para garantir os direitos dos migrantes venezuelanos, assegurando o cumprimento do direito internacional, especialmente aquele que protege as pessoas em condições de mobilidade”, explica o comunicado divulgado pelo ministro de Relações Exteriores da Venezuela Yván Gil.

O documento explica que o pedido pretende “garantir a libertação imediata e incondicional dos 238 compatriotas injustamente detidos em campos de concentração em El Salvador, onde foram encarcerados sem qualquer processo judicial e privados do seu direito de defesa”.

“O Chefe de Estado salientou a ambos os funcionários que estas ações evocam a perseguição sofrida pelo povo judeu sob o regime nazi de Adolfo Hitler durante a Segunda Guerra Mundial. Recordou que estes crimes não só marcaram uma das páginas mais negras da história, como também conduziram ao colapso da ordem internacional da época e ao desaparecimento da Liga das Nações, precursora da atual Organização das Nações Unidas”, lê-se no documento.

Segundo Caracas, tanto o Secretário-Geral das Nações Unidas como o Alto-Comissário para os Direitos Humanos manifestaram o seu empenho em “ativar todos os mecanismos disponíveis para restabelecer, o mais rapidamente possível, os direitos flagrantemente violados dos migrantes venezuelanos”.

“Por seu lado, o Presidente Nicolás Maduro Moros reafirmou a firme determinação do Governo Bolivariano de não descansar enquanto não garantir o regresso em segurança de todos os compatriotas injustamente detidos, à sua pátria”, conclui.

Em 16 de março, o Presidente de El Salvador, Nayib Bukele, anunciou a chegada de 238 alegados membros do grupo criminoso venezuelano Tren de Aragua e do Mara Salvatrucha (MS-13), transferidos para o Centro de Confinamento do Terrorismo (CECOT) ao abrigo de um acordo com o Presidente norte-americano, Donald Trump.

Em 15 de março, os Estados Unidos expulsaram 261 imigrantes em dois voos para El Salvador e Honduras, que partiram do Texas.

Em fevereiro, Trump classificou o Tren de Aragua, uma organização criminosa da Venezuela, e o MS-13, um gangue com origem em Los Angeles em 1980, como “organizações terroristas globais”.

Logo que assumiu o cargo, em janeiro, Donald Trump, retirou o estatuto de proteção temporária contra a deportação de que beneficiavam aproximadamente 600.000 venezuelanos devido à crise económica e de segurança no seu país.

Mais de 7,8 milhões de venezuelanos emigraram na última década, em grande número para os Estados Unidos, segundo as Nações Unidas.

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