O Presidente brasileiro recebe esta sexta-feira o homólogo angolano, no segundo dia da visita de João Lourenço ao Brasil, num dia que será marcado pela assinatura de acordos nos setores agropecuário e energia. De acordo com a presidência brasileira, João Lourenço e a mulher, Ana Dias Lourenço, deverão chegar ao Palácio do Planalto, em Brasília, às 10h00 (14h00 em Lisboa), onde serão recebidos por Luiz Inácio Lula da Silva e pela mulher, Janja.
No Palácio do Planalto, os dois líderes terão uma reunião bilateral, que será precedida por uma cerimónia de assinatura de memorandos e de uma declaração conjunta à imprensa. Fonte do Ministério das Relações Exteriores brasileiro disse à Lusa que os acordos estarão centrados na energia, através de compromissos entre as petrolíferas estatais Petrobras e a Sonangol, mas também do reforço agropecuário, na sequência de uma missão do setor do agronegócio brasileiro a Angola, realizada no início do mês, com a participação de cerca de 30 empresários brasileiros e do ministro brasileiro da tutela, Carlos Fávaro. Segue-se um almoço no Palácio Itamaraty, a sede do Ministério das Relações Exteriores, e um encontro com representantes de produtores rurais.
O Brasil foi o primeiro país a reconhecer Angola após a independência do país, a 11 de novembro de 1975, e os dois países têm mantido uma relação bilateral próxima, com acordos de cooperação em várias áreas. João Lourenço tinha estado anteriormente no Brasil, para participar na cerimónia de posse de Lula da Silva, que assumiu o terceiro mandato em janeiro de 2023. O Presidente brasileiro visitou Angola em agosto de 2023, na primeira visita a um país africano no novo mandato, e terceira viagem oficial a Angola, após deslocações realizadas em 2003 e 2007.
No sábado, último dia da visita, João Lourenço vai encontrar-se com embaixadores africanos em missão no Brasil e membros da Comunidade das Caraíbas (Caricom). João Lourenço chegou na quinta-feira ao Brasil para uma visita de Estado de três dias, a convite do chefe de Estado brasileiro, tendo já mantido encontros com Davi Alcolumbre, presidente do Senado Federal, a câmara alta do parlamento do Brasil, com Hugo Motta, presidente da Câmara dos Deputados, a câmara baixa, e, por último, com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso.
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