Liga Portugal: Declarações de Fábio Pereira e Paulo Sousa após o Vizela-AFS (2-2)

Declarações do treinador do Vizela e do adjunto do AFS, no final do encontro da segunda mão do play-off de acesso à Liga Portugal, disputado no estádio do FC Vizela, e que terminou empatado 2-2.

Fábio Pereira (treinador do Vizela):

“O futebol é pródigo em resultados que, por vezes, não são os mais justos. Quem está neste fenómeno tem de aceitar quando os erros acontecem contra si e, infelizmente, nos dois jogos esses erros custaram-nos caro. Hoje, mais uma vez, penso que fomos uma equipa personalizada, a procurar encontrar os espaços certos para criar situações e aproximações perigosas à baliza adversária. Conseguimos chegar ao empate e, num lance completamente fortuito, acabámos por consentir o segundo golo. Voltámos a tentar pegar no jogo, voltámos a tentar acreditar e a aproximar-nos.

Em primeiro lugar, sinto uma grande gratidão. Muito grato pela forma como as pessoas de Vizela me trataram desde o primeiro dia. Fui sempre muito acarinhado e tentei retribuir dando o meu melhor todos os dias, desde que cá cheguei em dezembro. Se, naquela altura, disséssemos a alguém que íamos chegar ao play-off, ninguém acreditaria. Estávamos na 15.ª jornada, a 16 pontos dos primeiros lugares. Mas a verdade é que nós acreditámos muito, lá dentro, no balneário.

O futebol é mesmo assim. Há que trabalhar mais ainda e tentar que esta onda criada com os adeptos se mantenha na próxima época desde o início, para que o Vizela possa regressar rapidamente à Liga. Em relação à próxima época, o meu contrato termina a 30 de junho e, até agora, ainda não se falou de nada.

O sentimento, obviamente, é de tristeza porque não atingimos o objetivo principal. Mas também é de grande orgulho. Na minha opinião — e se calhar sou suspeito, mas acho que não sou o único a pensar assim —, a equipa que jogou melhor futebol na Liga 2 este ano, infelizmente, não subiu à Liga.”

Paulo Sousa (treinador-adjunto do AFS):

“Pode dizer-se que foi um play-off decidido, se calhar, um bocadinho mais no aspeto estratégico, nos pequenos pormenores, nos pequenos detalhes e, acima de tudo, numa coisa que é importante referir: soubemos ter respeito pelo Vizela. Nós sabíamos, tínhamos conhecimento. Estudámos muito o Vizela e conhecíamos a qualidade dessa equipa e destes jogadores. E não era por acaso que vinham de uma série de jogos sem perder.

Agora, nós fomos uma equipa que, no conjunto dos dois jogos, em termos mentais, fomos bastante fortes. Coletivamente, fomos muito fortes. Os nossos jogadores perceberam aquilo que era preciso e necessário fazer, em termos do jogo, para travarmos o Vizela, que é uma equipa que tem uma boa posse de bola, uma boa circulação, boas dinâmicas. Mas nós soubemos eliminar esses pontos fortes deles e explorar os nossos pontos fortes.

Paulo Sousa dá instruções à equipaMANUEL FERNANDO ARAÚJO/LUSA

Soubemos explorar aquilo que podíamos aproveitar nos espaços que eles nos dariam e acho que foi um bocadinho isso que aconteceu. E, acima de tudo, penso que hoje os nossos jogadores souberam controlar-se em termos emocionais. Mesmo depois de sofrerem o golo, souberam esfriar um bocadinho, souberam controlar aquele impulso do jogo que podia, às vezes, trazer algum nervosismo. Mas não. Eles souberam acalmar-se. Depois conseguimos chegar ao resultado.”

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