Os Estados Unidos, que romperam relações com a Venezuela em 2019, repatriaram 366 venezuelanos desde a tomada de posse de Donald Trump.
O Presidente venezuelano recebeu um enviado especial do Presidente norte-americano, Richard Grenell, para discutir as expulsões de venezuelanos dos Estados Unidos, repatriamento de prisioneiros norte-americanos e os canais de comunicação.
“Agora temos um pequeno problema porque, com o que eles fizeram, danificaram as comunicações que tínhamos abertas”, disse Maduro num evento oficial em que criticou a decisão de Washington terminar a licença da Chevron no país.
“E isso afetou as transferências aéreas que já tínhamos programado para trazer os nossos irmãos e irmãs migrantes até nós e abraçá-los com amor quando chegarem à terra natal”.
Os voos de repatriamento acordados foram efetuados pela companhia aérea estatal Conviasa, que está sob sanções e que transportou um primeiro grupo de 190 venezuelanos de El Paso, Texas, e outro grupo de 176 nacionais para as Honduras, a partir da base militar norte-americana de Guantánamo.
De acordo com informações publicadas pelo Wall Street Journal na sexta-feira, o governo venezuelano avisou em privado a Administração Trump de que deixaria de aceitar migrantes na sequência da revogação da licença da Chevron.
Washington não reconhece Nicolas Maduro, no poder desde 2013 e empossado para um terceiro mandato em janeiro, como o presidente legítimo do país sul-americano, sob sanções dos Estados Unidos.
Trump apresentado a revogação da licença da Chevron como uma resposta ao resultado das eleições presidenciais de julho passado, que considerou ilegítimas.
Washington também criticou a Venezuela por não ter implementado os acordos de repatriamento de migrantes ilegais dos Estados Unidos.
A Venezuela produz pouco mais de um milhão de barris de petróleo por dia, dos quais mais de 200 mil barris provinham das operações da Chevron e tinham como destino os Estados Unidos.
O grupo norte-americano era parceiro da companhia petrolífera nacional PDVSA em quatro projetos petrolíferos.
Maduro garantiu que a produção petrolífera não iria diminuir após a saída da Chevron.
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