Jaime Faria, tenista português, viveu «semanas de aprendizagem na América do Sul», depois da estreia em Buenos Aires, quartos de final no Rio de Janeiro e Santiago e a entrada no top 100 mundial da ATP.
«É um balanço positivo. Foram três semanas de aprendizagem na América do Sul. É verdade que já tinha vindo jogar ao Brasil, onde fui feliz, mas acho que estive bem e tive oportunidades para fazer melhor. Saber que tenho nível para chegar ainda mais longe nestes torneios motiva-me e quero voltar aqui nos próximos anos para jogar, num ambiente especial como na América do Sul», disse à Lusa o tenista luso.
«O golden swing é especial e quero voltar. Fui feliz, podia ter sido ainda mais, podia ter sido menos, mas, no final de contas, acho que foi uma boa prestação. Jogar torneios aqui sempre foi um objetivo, sempre olhei para o Rio Open e, sobretudo, para Buenos Aires como torneios especiais, e sentir que consegui jogar e entrar no top 100 aqui foi e é um marco na minha carreira, que vou recordar para sempre», acrescentou o jovem.
Número dois de Portugal e 87 do mundo, Jaime estreou-se no ATP 250 de Buenos Aires, mas foi eliminado na primeira ronda da qualificação. No ATP 500 do Rio de Janeiro perdeu frente a Camilo Ugo Carabelli. Na mesma ronda, mas no ATP 250 de Santiago, escorregou contra Laslo Djere.
«Depois da recuperação no segundo set, entrei mal no terceiro. Houve uma grande quebra de tempo, com paragem para o meu adversário ir à casa de banho, estivemos cerca de oito minutos parados, e eu não reagi da melhor maneira. Ele jogou bem também no terceiro set, foi melhor que eu», partilhou sobre a derrota no Chile.
A juntar à derrota, o atleta de 21 anos, que alcançou pela primeira vez o top-100 mundial, contraiu uma lesão no pé esquerdo.
«Tive algumas dores ao longo da semana, mas ainda tenho de ser avaliado. Não sei a gravidade da lesão, tenho um incómodo no pé e não me estava a sentir tão bem naquela parte do jogo, pedi assistência do fisioterapeuta e ajudou-me naquele momento. Condicionou-me um bocadinho o serviço. Tanto que começo a fazer algumas duplas faltas por falta de energia e força para sair para a bola, perdendo aí a consistência do serviço, a partir do momento em começo a sentir dores», concluiu.
Depois dos torneios na América do Sul, Jaime Faria regressa a Portugal e prepara-se para disputar a qualificação do Masters 1000 de Miami e outros torneios de terra batida na Europa.
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