Nos últimos anos, o Brasil tem registrado avanços significativos em investimentos nas áreas de ciência e tecnologia. Desde janeiro de 2023, mais de R$ 26,3 bilhões foram alocados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) para fortalecer a ciência no país. Este montante supera em muito os valores investidos entre 2020 e 2022, quando os recursos não ultrapassaram R$ 10,5 bilhões.
Esses investimentos foram tema de discussão pela ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, durante o programa “Bom Dia, Ministra”. A ministra destacou que a decisão do presidente Lula de reintegrar completamente o fundo foi crucial para alcançar esses números recordes. Os recursos estão sendo direcionados para dez programas que abrangem desde o combate à fome até a transformação digital e a transição energética.
Qual é o impacto do Programa Pró-Amazônia?
O Programa Pró-Amazônia é uma das iniciativas que mais se beneficiaram dos investimentos do FNDCT, recebendo R$ 3,4 bilhões. Este programa visa articular iniciativas locais e gerar conhecimento sobre a sociobiodiversidade amazônica. A ministra Luciana Santos ressaltou a importância de uma política pública que aproveite a biodiversidade da Amazônia para beneficiar a população local através da bioeconomia.
A transição energética também é uma prioridade, com o objetivo de reduzir as emissões de gases de efeito estufa. O compromisso do governo brasileiro com a transição energética foi reafirmado na COP 29, e o programa busca integrar a Nova Indústria Brasil (NIB) em suas missões.
Como o Brasil está avançando em inteligência artificial?
O Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA), lançado em julho, prevê investimentos de R$ 23 bilhões até 2028. Este plano é dividido em cinco eixos, incluindo infraestrutura e desenvolvimento de IA, difusão e capacitação, e IA para inovação empresarial. O objetivo é equipar o Brasil com infraestrutura tecnológica avançada e garantir a soberania dos dados nacionais.
Um dos destaques do plano é o investimento no supercomputador Santos Dumont, que será um dos cinco mais potentes do mundo. Este supercomputador atenderá tanto a demanda de pesquisas na área quanto a iniciativa privada, sendo alimentado por energias renováveis.
Quais ações estão sendo tomadas para incluir mais mulheres na ciência?
A inclusão de mulheres nas áreas de ciência e tecnologia é uma prioridade para o governo brasileiro. O edital “Meninas nas Ciências Exatas, Engenharias e Computação” investirá R$ 100 milhões em 126 projetos ao longo de três anos. A meta é incentivar a permanência e ascensão de meninas e mulheres em carreiras científicas.
Além disso, o programa Atlânticas – Programa Beatriz Nascimento de Mulheres na Ciência – destina R$ 6 milhões para bolsas de doutorado-sanduíche e pós-doutorado no exterior, focando em aumentar a presença de mulheres negras, quilombolas, indígenas e ciganas na ciência brasileira.
Essas iniciativas buscam não apenas aumentar a participação feminina na ciência, mas também garantir que as mulheres tenham condições de permanecer e prosperar em suas carreiras, enfrentando as barreiras sociais e culturais que ainda existem.
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