Aumentou a frequência com que se começou a ouvir russo em Portugal desde que houve a invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022, e isso traduziu-se em mais investimento, que subiu 49% para 450,6 milhões de euros em 2024, revela o “Público”.
Os dados são do Banco de Portugal, na rubrica investimento direto estrangeiro, que não detalha onde é aplicado o capital, que teve um aumento de 50 milhões de euros no ano passado, mas segundo o jornal um dos alvos foram os vistos gold. Suspensos em 2022, após a invasão russa, e na sequência das sanções da União Europeia, os vistos gold voltaram a ser atribuídos pela Agência para a Integração, Migração e Asilo (AIMA) em agosto de 2024.
Segundo o “Público”, que cita a advogada Vera Chalaça, da área de contencioso e arbitragem da VCA, o fim da suspensão ocorreu depois de “derrotas em Tribunal de congelamento dos vistos pedidos pelos cidadãos russos, com base na recomendação da Comissão Europeia, que não tinham caráter vinculativo, nem podiam sobrepor-se nem à lei de estrangeiros, nem à constituição”.
Ainda, de acordo com a advogada, houve casos de vistos gold, entre 2023 e 2024, no período de suspensão que “foram possíveis mediante o recuros à via judicial”. Assegura, no entanto, que foram pessoas que não estavam sujeitas a sanções.
Em 2021, um ano antes da guerra, a Rússia foi o país com mais vistos gold concedidos: 65.
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