O incêndio em uma loja de estofados no bairro do Uruguai, na última quinta-feira (20), atingiu todo o prédio utilizado pelo comércio. No segundo andar, vivia a família da biomédica Lorena Lacerda. Há uma semana, a jovem e mãe perderam quase todos os móveis e o abrigo dentro da casa alugada na Rua Luiz Régis Pacheco.
Ao Bahia Notícia, a jovem de 21 anos e recém-formada, relata os momentos antes e depois do incêndio. “Eu estava em casa, tinha acabado de acordar. Eu tava tomando café e a minha vizinha de cima, que percebeu o que estava acontecendo, desceu e bateu várias vezes na minha porta, desesperadamente. Eu achei que tinha acontecido alguma coisa com ela. Quando eu fui abrir, ela me falou que estava pegando fogo embaixo, e só deu tempo de eu trocar a roupa, botei um vestido por cima da roupa de dormir, peguei o meu celular e desci correndo. Larguei tudo”, relata.
Ela conta que inicialmente, o incêndio parecia ficado apenas na loja de estofados, no entanto, com o passar do tempo, o fogo se alastrou para o andar de cima. Toda a estrutura da casa foi afetada, incluindo a fiação elétrica de todo o prédio.
“Inicialmente, a gente achava que [a casa] não tinha sido [atingida]. Logo quando o primeiro caminhão de bombeiros chegou, eles achavam que não ia pegar, mas aí eles foram chamando reforço, reforço e se alastrou muito”, afirma. “A gente perdeu tudo, só sobrou roupa, mas porque não atingiu um dos quartos, queimou até a porta, porque na hora que ia chegando, os bombeiros entraram na casa e apagaram [o incêndio]”, detalha.
Ao lado da mãe, Sirlene da Cruz, Lorena conta que todos os bens mais básicos e caros foram perdidos em meio ao fogo. “Geladeira, fogão, armários, micro-ondas, liquidificador, todos os eletrodomésticos, o forninho, tem a televisão, o sofá, a mesa, tudo”.
Foto: Arquivo pessoal
Assim, a família que morava no imóvel a mais de 10 anos foi obrigada a deixar o lar. Abrigadas na casa de familiares, a família conta que “Não sei, a ficha não cai. Porque a gente nunca acha que vai acontecer com a gente. A gente sempre vê e pensa, ‘poxa, que situação complicada’, mas estar vivendo é outra coisa”, diz.
Para fazer a vida voltar aos eixos, Lorena abriu uma vaquinha nas redes sociais e solicitou o apoio de parentes, amigos e vizinhos na região. A meta é conseguir 10 mil reais para encontrar uma nova casa para alugar e comprar ao menos parte dos objetos perdidos no incêndio.
“[A vaquinha] seria para a gente se organizar, para comprar esses essenciais, primeiro. A gente queria tá tentando fazer isso o mais rápido possível, mas também tem a questão da gente achar uma casa ainda. A gente vai tentar conciliar, atingir a meta e achar uma casa. Só depois que a gente vai começar [a comprar]”, conta a jovem.
Atualmente a vaquinha aberta por Lorena nas redes sociais já chegou a mais de 2 mil reais, com a ajuda das pessoas mais próximas. A vaquinha, nomeada de Missão Lorena, está disponibilizada em um site online, para ajudar clique aqui.
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