A crise de violência no Haiti levou ao deslocamento interno de quase 1,3 milhão de pessoas, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (11) pela Organização Internacional para as Migrações (OIM).
O número representa um aumento de 24% em relação a dezembro de 2024 e é o maior já registado no país. A OIM alerta para o sofrimento das populações afetadas, especialmente crianças e idosos, que muitas vezes são obrigados a fugir sem qualquer recurso e acabam a viver em abrigos precários.
O agravamento da crise foi debatido durante uma reunião na sede da ONU, em Nova York, organizada pelo ECOSOC e pela Comissão de Consolidação da Paz. Líderes internacionais destacaram a necessidade de uma resposta coordenada e multifacetada, que vá além da segurança armada e inclua ações humanitárias, políticas e sociais.
De acordo com a OIM, a capital Porto Príncipe continua a ser o epicentro da crise, mas os conflitos se espalharam para outras regiões, como Artibonite e Centre, que agora somam mais de 239 mil pessoas deslocadas. A maioria dos refugiados está abrigada por famílias anfitriãs, o que aumenta a pressão sobre comunidades vulneráveis, especialmente nas áreas rurais.
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