
O primeiro-ministro do Haiti, Alix Didier Fils-Aimé, anunciou a intenção de mobilizar recursos estatais para restabelecer rapidamente o fornecimento de energia eléctrica ao país, após um apagão que já dura 11 dias.
A interrupção do serviço foi causada pelo encerramento das operações da central hidroeléctrica de Péligre, conforme comunicado da empresa estatal de electricidade, a EDH, em 15 de Maio.
Relatos da imprensa indicam que a principal central eléctrica do país foi invadida por residentes de Mirebalais, que exigem acções das autoridades contra os grupos armados que dominam a região. Em uma publicação na rede social Facebook, Fils-Aimé reconheceu as graves consequências que a falta de electricidade está a provocar na população de Porto Príncipe.
O primeiro-ministro garantiu que as medidas serão tomadas com “firmeza e diligência”. Para coordenar as acções, ele convocou uma reunião de trabalho urgente com o ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, bem como com o director-geral da EDH.
Fritz Alphonse Jean, presidente do Conselho Presidencial de Transição (CPT), afirmou que, após extensos diálogos com os cidadãos da zona central do país, a organização está comprometida em assegurar o funcionamento adequado da central de Péligre. Ele enfatizou a importância de ouvir e compreender as dificuldades enfrentadas pela população.
O CPT e o Governo planeiam reunir-se para elaborar uma resposta clara que beneficie a comunidade. Jean apelou à população para proteger os recursos do Estado, destacando a central de Péligre como um bem essencial.
Diante da falta de electricidade, muitas famílias haitianas têm recorrido a fontes alternativas de energia, como painéis solares e inversores alimentados a baterias. Frantz Duval, editor-chefe do Le Nouvelliste, alertou que a ação de interromper o fornecimento de energia foi uma tentativa de chamar a atenção das autoridades, ressaltando a falta de protecção das instalações da central eléctrica, consideradas estratégicas.
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