A organização cívica “Po de Terra”, em parceria com a plataforma que junta sindicatos e organizações juvenis Frente Popular, convocaram uma manifestação contra o atual Governo da Guiné-Bissau para o dia 25 de maio, data em que também se celebra o Dia de África.
“Durante estes últimos cinco anos, vivemos uma violação sistemática da nossa Constituição”, disse à DW África Vigário Luís Balanta, secretário-geral do Movimento “Po de Terra”. “O regime instalado não respeita a Constituição, não respeita os direitos humanos e, além disso, há inflação no mercado”.
Os organizadores da manifestação esperam alcançar a atenção da comunidade internacional para os problemas e marcaram o protesto para o Dia de África precisamente por ser um dia “da Resistência” e da união contra o colonialismo. Agora, falam de um “outro modelo de colonização, onde alguns grupinhos do Ocidente manipulam os Presidentes africanos para fazer a sua vontade ”.
26 de julho 2024
A marcha deverá acontecer em todo o território nacional e é contra a “permanência do atual regime no poder”, porque “o mandato do Presidente acabou no dia 27 de fevereiro do corrente ano”. Sob o lema da defesa da Constituição da República, os organizadores apelam a uma convergência contra quem quer “pôr isso em causa”.
Na raiz do problema está a governação de Umaro Sissoco Embaló que tem feito refém a Assembleia Nacional Popular para a governação do país. Ainda em 2024, a Frente Popular da Guiné-Bissau manifestou-se em Lisboa para exigir a marcação de eleições presidenciais de acordo com o estipulado pela Constituição e pela lei eleitoral.
A manifestação reivindicou também a retirada das forças colocadas por Embaló na Assembleia Nacional Popular e a eleição de uma nova direção da Comissão Nacional de Eleições e de um novo presidente do Supremo Tribunal de Justiça.
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