Na Guiné-Bissau, ultimam-se os preparativos para a celebração, esta quinta-feira, dos 50 anos da proclamação unilateral da independência, a 24 de Setembro de 1973.
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Começam a chegar a Bissau algumas das personalidades convidadas pelo Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, para assistir às festividades que vão marcar os 50 anos da independência do país.
Entre os Presidentes, estão confirmadas as presenças de Macky Sall do Senegal, Adama Barrow da Gâmbia, Julius Mada Bio da Serra Leoa, Brice Nguema do Gabão, Dennis Sassou Nguesso do Congo Brazzaville, Bola Tinubu da Nigeria, Azzali Assoumani das Comores e Marcelo Rebelo de Sousa de Portugal.
Cabo Verde será representado pelo primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, São Tomé e Príncipe também pelo seu chefe do Governo, Patrice Trovoada. António Costa, primeiro-ministro português demissionário, também estará presente nas festividades. Moçambique, Zimbabwe, Quénia, Coreia do Sul, Cuba, Timor-Leste, Guiné-Equatorial, Angola, Mauritânia, Marrocos e Costa do Marfim também estarõ representados nas festividades.
Alguns dos convidados do chefe de Estado guineense começaram a chegar esta quarta-feira. É o caso do Presidente e primeiro-ministro portugueses, que aparecem juntos em público pela primeira vez desde que António Costa pediu a demissão e perante eleições legislativas antecipadas anunciadas para 10 de Março, mas com o Governo ainda em plenitude de funções.
Presente está também o chefe da diplomacia portuguesa, João Gomes Cravinho, que disse que a independência da Guiné-Bissau “foi um factor muitíssimo importante” para o 25 de Abril, em Portugal, também há quase 50 anos.
“Quando celebramos precisamente a independência da Guiné-Bissau, quando nos preparamos para celebrar, em 2024, os 50 anos do 25 do Abril e, em 2025, os 50 anos da independência de Angola, Moçambique, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe, é muito importante lembrarmos como estão interligados esses momentos, como a libertação e a independência da Guiné-Bissau está associada à liberdade em Portugal”, referiu, em declarações registadas pela agência Lusa.
O governante português frisou ainda que “isso serve de um fio condutor extremamente importante para as celebrações conjuntas e separadas desses diferentes momentos”.
João Gomes Cravinho, Ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau, Carlos Pinto Pereira, lembrou que o país está a celebrar oficialmente os 50 anos a 16 de Novembro, no dia das Forças Armadas, mas a data oficial é 24 de Setembro. Em Setembro, o momento já tinha sido assinalado pela Assembleia Nacional Popular nas colinas do Boé, onde decorreu a primeira constituinte. Porém, as comemorações oficiais tinham sido adiadas para Novembro.
Umaro Sissoco Embalo oferece esta quarta-feira um jantar aos seus hóspedes num dos hotéis de Bissau e na quinta-feira volta a oferecer um almoço para assinalar o Cinquentenário da Independência da Guiné-Bissau e Dia das Forças Armadas. A independência da Guiné-Bissau é celebrada a 24 de Setembro, mas o Presidente Umaro Sissoco Embalo decidiu protelar as festividades para o dia 16 de Novembro para evitar a época das chuvas, no mês de Setembro, mas também para permitir a presença de outros dirigentes mundiais que, em Setembro, costumam estar na Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque.
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