Todos os pacientes submetidos à hemodiálise no Hospital Simão Mendes morreram.
A denúncia foi feita pelo presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos que não adianta números.
Bubacar Turé fez a denúncia hoje, durante a abertura do seminário sobre violência contra mulheres e meninas, organizado pela Coordenação Nacional da Rede dos Media Africanos para a Promoção da Saúde e do Meio Ambiente.
O ativista de direitos humanos lembra que a organização já havia alertado o Governo Guineense sobre a complexidade do tratamento de hemodiálise, tanto no que diz respeito ao equipamento quanto à necessidade de técnicos qualificados para o procedimento.
Presente no ato esteve o ministro da Saúde Pública, que não contestou a denúncia feita por Bubacar Turé.
Pedro Tipote convidou os cidadãos que tenham conhecimento de práticas criminosas no Sistema Nacional de Saúde para denunciá-las ao Ministério Público.
Horas depois, o diretor do Hospital Nacional Simão Mendes, em conferência de imprensa, disse que são falsas as denúncias feitas pelo presidente da Liga.
Abel da Silva afirmou que vai apresentar uma queixa-crime contra Bubacar Turé no Ministério Público.
O diretor do serviço de nefrologia do maior centro hospitalar do país, Nelson António Delgado, admitiu que houve mortes, mas que não estão relacionadas com o tratamento de hemodiálise, e sim com outras doenças que afetavam os pacientes.
Fátima Camará – Correspondente RDP África em Bissau
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