Guiné-Bissau: Deputado responde a Botche após denúncia de promoção de golpe de Estado

O ministro do Interior e da Ordem Pública, Botche Candé, acusou as lideranças da oposição de estarem por trás de um plano para promover um golpe de Estado na Guiné-Bissau. Segundo Candé, o acordo recentemente assinado em Paris entre a coligação PAI-Terra Ranka e a plataforma API Cabas Garandi teria como objectivo desestabilizar o país.

As declarações do ministro foram feitas nesta segunda-feira, 28 de Abril, durante um encontro com estruturas paramilitares realizado nas instalações do Ministério do Interior. Na ocasião, o ministro alertou os membros das forças de segurança a não se alinharem com políticos que, segundo ele, “pretendem criar desordem na Guiné-Bissau”.

Botche Candé afirmou ainda possuir provas que sustentam as suas acusações. “Tenho elementos que comprovam tudo o que estou a dizer. O povo guineense está farto de problemas”, declarou.

Em resposta, o deputado Flávio Baticã Ferreira, eleito pela diáspora no círculo europeu pela coligação PAI-Terra Ranka, desvalorizou as declarações do ministro. Em entrevista ao programa Tira Teimas, da Rádio Capital FM, o parlamentar afirmou que o acordo firmado em Paris, entre a coligação PAI-Terra Ranka e a plataforma API Cabas Garandi, “nada tem a ver com desordem” e aproveitou para criticar o governo.

“Quem faz golpe a um presidente caduco?”, questionou o deputado, referindo-se ao presidente Umaro Sissoco Embaló, cuja legitimidade, segundo o parlamentar, já expirou. Ferreira afirmou ainda que, mais cedo ou mais tarde, o presidente terá de deixar o poder.

O deputado acrescentou que o acordo firmado pela oposição é baseado em princípios democráticos e poderá trazer benefícios concretos à população guineense.

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