Guiné-Bissau: Casa do Presidente da Liga dos Direitos Humanos invadida por homens armados

A Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) denunciou a invasão e violação da residência do seu presidente, Bubacar Turé, por um grupo de homens armados, na manhã de sábado, 12 de Abril. Segundo a organização, os homens armados realizaram buscas sem apresentar qualquer mandado judicial.

Em comunicado divulgado no mesmo dia, a LGDH descreveu que pelo menos seis agentes das forças de segurança entraram na residência de Bubacar Turé, em Bissau, e realizaram uma busca minuciosa por toda a casa, incluindo as casas de banho. O episódio deixou a família do presidente da Liga, especialmente as crianças, em estado de choque.

A Liga qualificou o incidente como mais uma “vil investida do regime autoritário de Bissau” contra defensores dos direitos humanos. Segundo a organização, o objectivo seria silenciar vozes críticas que denunciam sucessivas violações dos direitos humanos no país. A LGDH responsabilizou o regime pela vida e segurança de Bubacar Turé, que tem sido alvo de perseguições e intimidações desde que expôs graves problemas no sistema nacional de saúde.

Recentemente, Bubacar Turé denunciou publicamente que todos os pacientes submetidos ao tratamento no serviço de hemodiálise do Hospital Nacional Simão Mendes faleceram. A denúncia gerou grande repercussão nas redes sociais e debates públicos, levando o presidente da LGDH a receber ameaças.

A LGDH apelou à comunidade internacional e à sociedade civil para unirem esforços com o objectivo de pôr termo às práticas autoritárias do regime guineense. A organização também garantiu que continuará a monitorar a situação e tomará medidas para proteger a integridade física e os direitos do seu presidente.

Este caso reflecte as tensões políticas e sociais na Guiné-Bissau, onde defensores dos direitos humanos enfrentam desafios significativos para exercerem as suas funções.

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