Gripe aviária: Cresce a lista de destinos para os quais o Brasil não pode vender frango temporariamente

A lista de destinos para os quais as exportações de frango brasileiro estão suspensas por causa de um caso confirmado de gripe aviária cresceu neste domingo (18).

África do Sul, Canadá e Coreia do Sul suspenderam temporariamente a compra de frango e outros produtos de origem avícola, informou hoje o Ministério da Agricultura do Brasil.

Com isso, sobe para nove o número de destinos para os quais a suspensão é válida.

A medida ocorre na esteira da confirmação de um caso de gripe aviária (influenza aviária de alta patogenicidade) em uma granja comercial no Rio Grande do Sul.

Confira a seguir a lista:

  • África do Sul;
  • Argentina;
  • Canadá;
  • Chile;
  • China;
  • Coreia do Sul;
  • México;
  • União Europeia; e
  • Uruguai.

A lista inclui os países que suspenderam as importações de produtos avícolas do Brasil e para os quais o Brasil interrompeu a certificação das exportações como prevê o acordo sanitário estabelecido com cada país em casos de gripe aviária.

China suspende habilitação de 51 frigoríficos

Também neste domingo, a China suspendeu a habilitação de 51 frigoríficos de produtos avícolas do Brasil por causa do caso de gripe aviária no Rio Grande do Sul.

Japão impõe restrição regional

Além das suspensões das exportações de produtos avícolas de todo o território brasileiro para esses nove destinos, as vendas de carne de frango e derivados do município de Montenegro (RS), onde o foco da doença foi detectado, estão suspensas para o Japão.

A suspensão regional baseia-se em protocolos bilaterais referentes a casos confirmados de gripe aviária.

O Ministério da Agricultura aguarda ainda a manifestação de outros compradores de frango brasileiro, como Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Filipinas.

Assim como ocorre com o Japão, o Brasil possui acordo de regionalização de embargo em caso de gripe aviária com esses três países.

A suspensão total dos embarques brasileiros de forma cautelar e temporária já era esperada pelo governo brasileiro.

Custo de suspensão pode variar entre US$ 100 mil e US$ 200 mil por mês

O Ministério da Agricultura estima que o Brasil pode deixar de exportar de US$ 100 milhões a US$ 200 milhões em frango e derivados por mês em virtude da suspensão das exportações parcial ou total para alguns destinos.

RS declara estado de emergência em saúde animal para gripe aviária e inicia vistorias

O governo do Rio Grande do Sul declarou situação de emergência em saúde animal para controle de focos de influenza aviária de alta patogenicidade (H5N1) em municípios próximos do raio do foco.

A decisão ocorre após a confirmação da doença no Estado.

O governo gaúcho também iniciou no sábado ações para conter o foco da gripe aviária e vistoria em 94 propriedades de subsistência próximas ao local da confirmação da doença. As informações são do portal do governo gaúcho.

Na sexta-feira, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou o foco em uma granja avícola de reprodução, em Montenegro, e outro em aves silvestres no Zoológico de Sapucaia do Sul.

A medida de emergência baixada pelo RS é válida por 60 dias, conforme decreto publicado no sábado, 17, no Diário Oficial do Estado.

Com a decisão, o governo gaúcho espera uma resposta mais rápida para combater os focos de influenza aviária na região.

Decisão abrange 12 municípios

O estado de emergência é válido nos municípios de Triunfo, Capela de Santana, Nova Santa Rita, Montenegro, Esteio, Canoas, Gravataí, Sapucaia do Sul, São Leopoldo, Cachoeirinha, Novo Hamburgo e Portão.

Sobre as vistorias, o governo gaúcho disse que, no sábado, o Serviço Veterinário Oficial do Rio Grande do Sul (SVO-RS) inspecionou 94 propriedades de subsistência localizadas no raio do foco, sendo 27 na área perifocal (três quilômetros) e 67 na área e vigilância (dez quilômetros), além de uma granja de recria de aves – a única na área de vigilância.

A equipe de veterinários ainda instalou cinco barreiras sanitárias, com funcionamento 24 horas. Três no raio de três quilômetros – uma de bloqueio, e mais duas no raio de dez quilômetros.

*Com informações do Estadão Conteúdo.

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