Buscas por Marcelo Motta foram encerradas após equipes não encontrarem segurança para realizar resgate do corpo
11 jul
2024
– 12h30
(atualizado às 12h47)
O desaparecimento de Marcelo Motta Delvaux, um dos montanhistas mais experientes do Brasil, foi esclarecido depois de especialistas recriarem o percurso realizado por ele seguindo informações transmitidas pelo seu aparelho de GPS.
Marcelo era natural de Juiz de Fora, no interior de Minas Gerais, e estava desaparecido desde o último dia 30 de junho, no monte Coropuna, no Peru. Ele acumulava mais de 100 subidas nos Andes e no Himalaia. No dia 3 de julho, após Marcelo iniciar a descida do cume do Coropna, seu GPS parou. De acordo com o jornal O Globo, a transmissão virou um emaranhado de pontos no mesmo local e, por isso, especialistas entenderam que ali indicaria o paradeiro do montanhista.
No acidente que terminou com sua morte, ele realizava uma rota pela face sudoeste da montanha, ainda um pouco desconhecida. Antes de chegar ao cume, o GPS apontou que ele acampou por dois dias a 4.880 m de altitude, enquanto aguardava uma melhora nas condições climáticas.
O montanhista chegou ao topo do Nevado Coropuna em 3 de julho, permaneceu um pouco tempo de tempo no topo, e começou a retornar ao acampamento, informou o jornal.
30 minutos depois de começar a descer, Marcelo encontra um buraco. Ele inicia uma caminhada para achar o melhor ponto para saltá-lo e deixa bastões que sinalizariam o caminho de volta. Ele usou as próprias pegadas do dia para retornar.
Ao se aproximar do buraco e enquanto se preparva para saltar, a borda colapsou e Marcelo caiu. Ainda segundo O Globo, vídeos feitos pela equipe de montanhistas que tentaram resgatar Marcelo mostram como o buraco onde ele caiu é escuro, com uma profundidade tão grande que não é possível ver seu fim.
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