O embaixador, na próxima semana, ainda publicará sua primeira carta aos governos, delineando os trabalhos e as prioridades para 2025.
Corte de recursos pelo mundo
Dentro do governo brasileiro, porém, a constatação é que “momento é desafiador”. O problema não é apenas a decisão de Trump de sair do Acordo de Paris. A avaliação dos organizadores da COP30 é que, ao modificar sua política de segurança e a aliança com a Europa, Trump forçará governos do Velho Continente a gastar mais recursos com seus orçamentos militares e na compra e produção de armas.
A consequência poderia ser uma redução do dinheiro para a questão climática, inclusive na cooperação internacional. Diplomatas temem que, sem dinheiro, a agenda seja colocada em segundo plano.
De fato, nesta terça-feira, a União Europeia sinalizou a existência de um compromisso de US$ 800 bilhões para defender e reconstruir a Ucrânia, diante da invasão russa.
Se a negociação já vivia um clima negativo, o mal-estar foi ampliado nas últimas semanas. No governo brasileiro, existe a constatação de duas frustrações. A primeira é dos emergentes diante da realidade de cortes de recursos pelos EUA. Mas a segunda frustração é que, entre os países ricos, haverá uma pressão para que europeus, japoneses e outros cubram o buraco deixado pelos americanos nas contas do combate ao clima.
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