Também hoje outro importante dirigente do governo, Yin Ruifeng, do Centro de Informações do Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais da China), publicou um relatório onde fala do avanço dos grãos sul-americanos, principalmente do Brasil – país que deve ocupar este ano o patamar de 71% de toda soja consumida pelos chineses.
Na análise, ele explicou que os embarques do Brasil sofreram atrasos por problemas nas regiões produtoras.
“No final do ano passado e início deste ano, fortes chuvas nas principais regiões produtoras do Brasil (como Mato Grosso e Rio Grande do Sul) atrasaram a colheita, e problemas logísticos internos e portuários postergaram o embarque em mais de meio mês em relação ao habitual”, explicou.
Como resultado, escreveu, o volume de soja importada do Brasil para a China despencou: de janeiro a março, totalizou 4,54 milhões de toneladas, uma queda de 55% em relação ao ano anterior. Em março, a queda foi ainda mais acentuada: apenas 950 mil toneladas, 69% a menos que no mesmo mês de 2024 – o menor volume desde 2008.
O impacto do atraso na chegada da soja brasileira persistiu até meados de abril. Estima-se que, até 20 de abril, as chegadas totalizaram cerca de 4 milhões de toneladas, bem abaixo das expectativas.
E em seguida cita a expectativa de normalização com a safra recorde do Brasil: “A esmagadora maioria do farelo de soja doméstico é produzida a partir da soja importada, mas atualmente o quadro global de oferta e demanda de soja permanece folgado. No ano passado, a China importou 105 milhões de toneladas de soja, um recorde histórico. A produção brasileira também atingiu 169 milhões de toneladas, igualmente um recorde, com exportações previstas de mais de 100 milhões de toneladas, a maior parte para a China.”
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